CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Preço e evitar riscos, o foco dos consumidores europeus no consumo de alimentos!

Publicado em 18/10/2023

TCAI
Preço e risco são os duas tendências do consumidor europeu

Hoje apresento o resultado de uma pesquisa que foi feita na Europa, de percepção do agro, do que os consumidores estão querendo e no que esse estudo pode ajudar o Brasil.

A pesquisa revela a tendência do consumidor europeu e essa tendência está fundamentada em duas bases: uma é preço, em função da base da pirâmide que sempre tem o fator preço e busca de preço e um outro tema importante e interessante que é riscos. Evitar riscos, e esse risco está muito associado à saúde de uma maneira geral. Saúde na segurança sanitária dos alimentos e saúde também envolvendo o meio ambiente e dos aspectos todos que envolvem a originação e como essa originação é processada não apenas no setor industrial mas no setor da origem da própria agricultura.

Nesse aspecto o Brasil tem um a oportunidade espetacular desde que  consigamos nos comunicar com o mundo. O que nós aprendemos a fazer aqui no Brasil com a ciência e tropicalizamos é uma agricultura que é feita com um custo que ninguém consegue, praticamente, competir conosco. Temos duas safras por ano, em condições com irrigação três ou quatro safras e cada metro quadrado brasileiro é útil sobre o ponto de vista de geração não só de alimento e energia mas também no aspecto ambiental.

Então temos uma competência científica importante e dois aspectos que eu acrescentaria, um é o desenvolvimento da agricultura de baixo carbono muito bem representado agora pelo sistema ilpf – integração lavoura, pecuária e floresta onde nós já temos 17 milhões de hectares sob essa tecnologia e há uma perspectiva de atingir uns 35 milhões de hectares até 2030 com essa visão e ela é muito rica porque ela resgata carbono e ao mesmo tempo ela planta árvore em paralelo a produção de alimentos.

E outro ponto, que é também crítico, na visão dos consumidores com relação a riscos é o aspecto químico. E com relação à química temos hoje em desenvolvimento um processo de bioinsumos muito acentuado no Brasil. Uma possibilidade de geração de bioinsumos extraordinária e que não vai substituir o químico. Mas o bioinsumo irá fazer uma combinação estratégica muito importante com relação a essa angulação dos riscos. Então eu diria que a agricultura brasileira tem um potencial de posicionamento a nível do desejo dos consumidores muito bom. Nós só precisamos nos comunicar, aprender a dizer isso para o cidadão que é o nosso consumidor. O Brasil é um gigante desconhecido e as vezes desconhecido entre nós mesmos. Eu diria que temos os nossos problemas, nossas mazelas, e existe isso no mundo inteiro, mas esse aspecto positivo dessa revolução agrotropical brasileira é desconhecida. Então é o desafio do desafio de nos comunicarmos.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Elcio Guimarães, Head of Embrapa Rice and Beans, Depositing Rice and Bean Cultivars in the Seed Vault. Returning to Brazil after the International Agricultural Show in Paris, meetings with Terroir in Spain, and discussions on cooperativism in Portugal, I can’t help but notice that some are still sowing the seeds of conflict amid the commercial war and rearmament in Europe.
Conversei com o Jair Kaczinski, gerente técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o sistema Faesp/Senar do Estado de São Paulo, que tem um programa intenso de educação de produtores e produtoras rurais para aplicação de defensivos agrícolas e pedi a ele para contar quais as ações realizadas e a quantidade de ações no plano da educação e do treinamento dos agricultores do Estado de São Paulo.
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assina com o Brasil acordo de US$ 1,2 bilhão para agropecuária sustentável. Se trata de um termo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério de Economia.
Estou no oeste do Paraná, no meio de uma bioplanta, muito espetacular e muito feliz porque significa exemplos brasileiros. Tem um Brasil que realiza e nós quase não ficamos sabendo, e a nossa missão é mostrar isso. Estou ao lado do Anderson Léo Sabadin, presidente da Primato, que é uma cooperativa que reúne cerca de 11 mil famílias agrícolas, grande parte produzindo suínos, carne, leite e o ponto é: os dejetos dos animais são espetaculares biocombustíveis. Eles se transformam em biofertilizantes, em bioeletricidade, em biometano, e você coloca todo uma região já preparada para ser rica em energia e na descarbonização e é um fato, histórico, espetacular, esta reunião aqui da Cooperativa Primato com uma indústria de engenharia, a Tupy MWM.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite