CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

A fome na crise da pandemia e o papel do Brasil

Publicado em 15/02/2021

gratis.png

Fui chamado à atenção: “qual o papel do Brasil na segurança alimentar global? Me perguntou Cléber Soares, diretor de inovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essa pergunta me incomodou. Sem a crise Covid-19 o drama já era gigantesco.

Agora a ONU internacional alerta que metade das crianças do Iêmen sofrerão de desnutrição em 2021. E conforme o jornal O Estado de S. Paulo: “agências da ONU alertam ainda que cerca de 1 milhão e duzentas mil mulheres grávidas ou que amamentam também sofrerão de desnutrição aguda até o final do ano. No Iêmen há um grave conflito com apoio de forças sauditas ao governo contra rebeldes houthis apoiados pelo Irã. Ali ocorre uma mistura perversa de um conflito armado, colapso econômico, não há ajuda vital, porém existe uma vacina para pelo menos a fome: comida.

E qual a conexão com o nosso Brasil. Nos posicionamos hoje como um dos líderes na produção de alimentos no mundo. E temos que enfrentar problemas de comunicação, de imagem, como revelam as pesquisas e técnicos brasileiros atuando no exterior.

Então eu tive um sonho. Poderíamos no Brasil promover uma safra adicional, acima daquela classicamente consumida pelos mercados – leia-se mercado é gente com dinheiro para comprar. Portanto acima disso. Em dois produtos onde somos muito bons de produção e que são consumidos no mundo inteiro e representam salvar seres humanos da morte pela desnutrição: o arroz e o feijão.

Imaginei um estímulo para produzirmos 2 milhões a mais de toneladas de arroz no Brasil, seria cerca de 20% aproximadamente acima do que será a safra 2021. No feijão, buscar 1 milhão a mais de tonelada sobre as cerca de 3 milhões que o mercado consome.

Esta linha de um agro da filantropia, contando com recursos de fundos internacionais, serviria positivamente para nossos agricultores, com inclusão de milhões que hoje ainda estão fora do mercado e, sem dúvida, seria a melhor campanha ética do nome Brasil para o mundo. Metade dela para brasileiros na linha da fome e a outra metade para tragédias imensas como essa do Iêmen.

Sonho? Sonho que se sonha só é só sonho, mas que se sonha junto vira realidade. Assim cantou Raul Seixas e assim me inspirou Cléber Soares do Mapa.

A Hora do Agronegócio, hora do agro consciência: economia, mercado e filantropia, da rima boa e prosperidade para toda humanidade.

José Luiz Tejon para Cabeça de Líder.

Também pode interessar

O Brasil acabou de ser o terceiro colocado no festival da propaganda de Cannes, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Nenhuma novidade nem surpresa. Esse resultado de sucesso reconhecido mundialmente da propaganda e dos publicitários brasileiros ocorre desde o século passado. Nesta edição do Cannes Lions conquistamos 92 leões de ouro.
De autoria do deputado Hugo Leal, PSD Rio de Janeiro, mas aguardando parecer do deputado Vitor Lippi de São Paulo e membro da Frencoop, está parada a tramitação do PL 815/2022, reorganização das cooperativas.
Na China, nesta semana, o presidente da Apex Jorge Viana  falando no seminário do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), realizado no centro para a China e sobre globalização disse: “nós brasileiros deveríamos parar de dizer fora do Brasil que o Brasil não tem problema ambiental. Nós temos e faz muito tempo”. E demonstrou com dados o quanto da floresta amazônica foi desmatada se transformando em pecuária, agricultura, e floresta secundária (Estadão, edição de 28/3). Recebi centenas de manifestações de “repúdio” das mais diversas entidades do setor.
Um dia histórico. O Senado brasileiro aprovou a PL do biocombustível do futuro e eu entrevistei Francisco Turra, ex-ministro e atual presidente do Conselho da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite