CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Cotrijal, um lugar onde ninguém ficou para trás. Parabéns Nei Manica.

Publicado em 14/03/2024

Divulgação
Nei Manica, presidente da Cotrijal

Participei como espectador do Fórum da Soja, e como conferencista do Fórum da Carne, na Expodireto em Não Me Toque, Rio Grande do Sul, na Cooperativa Cotrijal. E em primeiro lugar parabéns pelo sucesso! Volume de negócios quase R$ 8 bilhões. Recorde de público, na casa de quase 400 mil pessoas, com um crescimento na ordem de 18% sobre o ano anterior. Então, em meio aos desafios evidentes de 2024, temos uma esperança realista muito positiva e que nos entusiasma para superar os problemas.

O especialista André Pessoa, diretor da Agroconsult, apresentou os cenários para a soja no mundo e no Brasil, onde precisaremos de um reajuste dos produtores, para os novos patamares de preços e de custos, onde o novo normal voltou a ser o “velho normal”, segundo Pessoa. Porém, uma informação muito preciosa me foi dada por ele a respeito desta cooperativa.

André   Pessoa realiza o “rally da safra” há anos, percorrendo as áreas produtoras, identificando produtividade e padrões de performance. Buscam identificar algum produtor que se destaca, acima da média, um campeão de cada local. Porém, na área desta Cooperativa Cotrijal, a constatação foi única, a de que todos os produtores estão em patamares muito elevados de performance nas lavouras, e não era possível identificar “um campeão”. Então foi concedido à cooperativa como um todo o Troféu de Excelência Produtiva. São hoje cerca de 17 mil famílias cooperadas. Este exemplo identificado por André Pessoa é de singular importância, pois revela ser possível, sim, um desenvolvimento homogêneo elevado para todos, não apenas para alguns mais ou menos privilegiados. Parabenizo o presidente Nei Manica, diretoria, conselho e equipe da Cotrijal.

Já no Fórum da Carne, iniciativa do Instituto Desenvolve Pecuária, assistimos a importância para a competitividade dos produtores que adotem o sistema integrado, com lavoura e pecuária. Os dados apresentados mostram a maior segurança financeira que com mais produtos aumenta o giro financeiro da sua propriedade, e os benefícios ambientais, agronômicos, veterinários e zootécnicos. E também uma ótima iniciativa da Cooperativa Cotripal com frigorífico próprio industrializando a carne produzida com marca própria no mercado, como por exemplo a Pampa Beef. E abordamos os desafios da comunicação para tanto o desenvolvimento pessoal e humano de cada um de nós, quanto para as grandes massas humanas consumidoras, onde a carne bovina precisa resgatar padrões de consumo per capita mais consistentes.

Também Erasmo Battistella, presidente da Be8, mostrou com ênfase e propriedade que “alimento e energia” formam um composto indissolúvel, doravante, e com eles iremos ao novo futuro do agro no Brasil e no mundo.

A Expodireto é a segunda feira de impacto no país, em seguida à Show Rural Coopavel em Cascavel, no Paraná.

Encontrei o ministro Carlos Fávaro que estará participando de encontros na África e deverá levar proposta de missões técnicas onde o conhecimento agro tropical brasileiro será de grande importância para todos os países incluídos dentro do cinturão tropical da terra, ou seja, entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, posição geográfica e de biomas que o Brasil aprendeu a dominar e produzir alimentos, energia e cooperativismo. O programa de conversão de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em produção sustentável terá impacto gigantesco no planeta terra e para toda a humanidade.

E muito obrigado, Cotrijal, pela honra de estar na calçada da fama Expodireto.

José Luiz Tejon.

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Ao encerrar os trâmites no Senado neste final de ano, o setor agropecuário não aderiu ao projeto, sob uma correta alegação da “inexistência de métricas científicas confiáveis para mensurar essas emissões”. Mas pergunto, o agronegócio estará fora desse mercado de carbono? Mesmo? Claro que não.
Somos o 4º maior produtor de grãos do mundo, 3º maior de frutas do planeta, maior rebanho bovino comercial da terra, líderes do açúcar, 2º maior exportador de algodão global, gigantes da proteína animal, da madeira industrial, e na soma total da produção de tudo o que cultivamos nos solos, águas e mares somamos cerca de 1 bilhão de toneladas. E ainda tem muita gente passando fome!
Conversei muito nestes dias com o pesquisador da Embrapa Solos José Carlos Polidoro. Ele está no Grupo de Trabalho do Plano Nacional de Fertilizantes que será implementado a partir do final deste mês. O plano objetiva a médio e longo prazos permitir que o Brasil reduza a menos de 50% sua dependência de fertilizantes importados, dobrando a oferta para mais de 80 milhões de toneladas até 2050.
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