CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Agroindependência ou “sofrência”: estratégia circular veloz.

Publicado em 29/12/2023

Divulgação
Em 2024 vamos à agroindependência!

Nos anos 70 a soja não passava de “comida alternativa de hippies”. Um suíno era um “porco piau”, frango coisa do galinheiro no quintal. Etanol um sonho distante no Pró-álcool. Milho uma lavoura de pobres com baixíssima tecnologia. Plantio direto considerado coisa do “alemão louco Bartz e do Frank”. As cooperativas ninguém as imaginaria como, um dia, virem a ser o maior sistema econômico financeiro de inclusão social no país. E se alguém falasse de trigo, frutas, cafés especiais, avicultura competitiva mundial, um Cerrado produtivo ouviríamos: “Terra de Cerrado nem dada nem herdada”. De 1973, criação da Embrapa, até 2023, 50 anos, fizemos uma revolução criativa tropical no sistema agroalimentar brasileiro envolvendo todos os seus agentes, do antes, dentro e pós-porteira das propriedades agrícolas.

Chegamos aqui. Entrando em 2024. Hora de além de colocarmos “os pés no chão”, olharmos no horizonte. Fizemos um belo trabalho como Nação. Porém, agora, daqui pra frente “tudo vai ser diferente”. O PIB brasileiro na casa de US$ 2 trilhões é insuficiente para atender as demandas de investimentos e sociais do país.

O PIB do complexo do agronegócio brasileiro na casa dos US$ 500 bilhões se revela daqui pra frente como um ponto de apoio para buscarmos um plano que nos leve a dobrar esse movimento nos próximos 10 anos. “Tem paz aquele que conhece a meta” (Pietro Ubaldi). Não teremos mais tempo para perder tempo. A meta básica de US$ 1 trilhão no complexo do sistema do agronegócio brasileiro até 2034 vai exigir planejamento estratégico, liderança e velocidade. Só existirão dois tipos de agentes no futuro: “os velozes e os desaparecidos”.

Não poderemos mais tolerar ausência de uma visão que não integre comércio, indústria, serviços com agropecuária e saúde em todos os sentidos.  O valor da tecnologia antes das porteiras somado ao valor agregado após as porteiras tem uma importância fundamental para a legítima “Agroindependência nacional”.  Roberto e Erasmo Carlos criaram a música “Se você pensa”. E a canção diz “pra ficar comigo vai ter que mudar”.

A oportunidade brasileira está muito mais para uma alavancagem veloz com fortes impactos no PIB nacional a partir dos conhecimentos acumulados permitindo uma “Agroindependência”, uma emancipação de múltiplos agentes econômicos incluindo a bioeconomia, onde essa agrocidadania, um agroconsciente total urbano rural, traduzido em riqueza nos permitirá dignidade de vida e contribuição efetiva para o planeta e para todos os povos residentes na faixa do cinturão tropical da terra.

Mas, rápido. Velozes. Não temos mais tempo para perder jogando foco fora na briga egoísta das distrações manipuladoras. 2024, boa esperança ativa!

Líderes vossa hora, agora. Reuni-vos. Agroindependêcia ou “sofrência”.

 

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Estou aqui com Henrique Mazotini, entrevistando líderes do agro, nessa virada de ano e o Henrique é presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo, também da Abisolo, setor importantíssimo de micronutrientes que cresce extraordinariamente e vamos ouvir aqui o Henrique e a sua visão em 2022 e a sua perspectiva para 2023 desse setor e de uma categoria fundamental, que é a categoria dos engenheiros agrônomos do Estado de São Paulo.
Entrevistei um especialista, engenheiro agrônomo da Tera Ambiental, o Fernando Carvalho Oliveira, que se dedica ao campo da nutrição vegetal, fertilizantes orgânicos compostos ao longo dos últimos 20 anos.
Conversei com o presidente do Conselho Científico Agrosustentável (CCAS), Prof. Dr. José Otávio Menten, que também é professor da Esalq, que fez uma análise do Projeto de Lei dos Defensivos Agrícolas.
Tenho um amigo hipnólogo, excelente, o Rafael Baltresca. E sempre que posso e ele também, eu o convido para um encerramento de minhas aulas de marketing em instituições de elevada reputação. Ali eu procuro evidenciar e provar que nossas percepções são traiçoeiras. Que vivemos muito mais decidindo nossas vidas através do que nossos filtros mentais comandam. Podemos acreditar com todas as nossas forças e ótimas intenções estarmos comandando nossos destinos e seguindo a legítima verdade, quando ao contrário entramos num universo paralelo criando falsas realidades. Dessa forma o reino das percepções serve tanto ao bem quanto ao mal.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite