CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Combate ao crime ambiental mais estratégia comunicacional é a chave da imagem agronacional

Publicado em 25/01/2023

Divulgação
Dr. Raoni Rajão, do Depto. de Engenharia de Produção da UFMG

Por mais bem criada que possa ser uma campanha de comunicação de longo prazo, enfatizando e criando as justas percepções sobre o agro regenerativo do país, sustentável, com 66% da vegetação nativa do Brasil preservada, com Código Florestal, onde agricultores mantém 26,7% do território nacional protegido dentro de suas áreas rurais, onde possamos mostrar boas realidades como pecuária da Amazônia, grupos como GTPS, da pecuária sustentável, movimentos como Amigos da Terra, iniciativas positivas em todos os biomas brasileiros, do pampa à Amazônia, passando por pantanal, mata atlântica, cerrado e caatinga, mesmo com uma jarra cristalina positiva, os pingos sujos pingados na água limpa, pelos criminosos, irão turvar essa boa imagem.

Por isso o combate radical ao crime ambiental é essencial. A ministra Marina Silva e o secretário André Lima convidaram o Prof. Dr. Raoni Rajão, do Departamento de Engenharia da Produção da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para assumir o Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente.

O Prof. Dr. Raoni, nas conversas que já tive com ele, inclusive aqui para o Agroconsciente da Eldorado, sempre revelou nas suas entrevistas que a imensa maioria do agronegócio brasileiro é correto e praticante das leis ambientais. Nos seus estudos apontava exatamente para uma atividade criminosa de grilagem, garimpos, desmatamentos ilegais, e me dizia que não passava de 5%, as maçãs podres do agro, ressalvando 95% de toda essa categoria como ética, produtiva e sustentável.

Ao assumir esse desafio objetivando o desmatamento zero ilegal, o Prof. Dr. Raoni Rajão precisa ser visto pelas lideranças do agro com boas expectativas, com diálogo e com análises concretas de situações concretas, pois a chave da imagem agronacional passa por um combate com tolerância zero na ilegalidade para, a partir daí, investirmos em ações inteligentes, comunicacionais mundiais do agro positivo brasileiro, uma agrocidadania para o mundo onde seres humanos de todos os povos, credos e raças aqui vindos ao longo da história, misturados no maior melting pot da terra, aqui no Brasil tropical produzem hoje alimentos, energia para todos os povos do planeta na melhor agricultura regenerativa em prática real.

O Prof. Dr. Raoni como um “xerife” precisará de monitoramento, dados precisos, comunicação que desarme espíritos de preconceitos ideológicos, e precisará usar a veemência da lei, a maior de todas as armas contra os mal feitos para a nação. E sem dúvida todo agronegócio sério e sensato e as forças da justiça e da polícia juntos numa só cooperação.

O agronegócio precisa que a lei ambiental seja aplicada contra o crime, o  Cadastro Ambiental Rural (CAR) efetivado com velocidade, e que a justa boa propaganda seja utilizada para vendermos com maior valor percebido a ótima realidade produzida.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Conversei com Hélio Mattar, presidente da Ong Akatu, em uma apresentação excelente sobre governança da sustentabilidade, onde falamos sobre a importância de realizarmos para o agronegócio uma governança da governança.
Conversei com o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Guy de Capdeville; e com o chefe geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno. O motivo da entrevista é a de esclarecer quais são os papéis e responsabilidades a respeito das questões e discussões sobre segurança fitossanitária.
Estamos de partida para coordenar o Master Internacional de Agronegócio na escola Audencia, em Nantes na França, uma diplomação dupla com a FECAP Brasil. O salão de agricultura de Paris ocorrerá no final de fevereiro e iremos com nossos alunos internacionais, inclusive do Brasil ao local para análises e estudos.
Na previsão de especialistas poderíamos em 7 meses iniciar a produção nacional, com o princípio ativo ifa, para 400 milhões de unidades e nunca mais terminar esse processo.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite