CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Voz de líder: Caio Carvalho, Presidente da ABAG, pede protagonismo do Brasil na nova geopolítica agroglobal aos candidatos.

Publicado em 15/04/2022

Caio Carvalho - Presidente da ABAG

Seguimos no jornal Eldorado nesta coluna agroconsciente ouvindo as mensagens dos líderes do agronegócio para os planos dos candidatos à presidência da república do Brasil.

Agora ouvimos o novo presidente da ABAG, Associação Brasileira do Agronegócio, que tomou posse em janeiro desde ano, o Caio Carvalho. Ele já havia sido presidente anteriormente e também é diretor da Canaplan, uma consultoria especializada no setor agroindustrial sucro energético.

Restaurar OMC, reposicionar a imagem brasileira desgastada por narrativas ambientais: e reformas fundamentais para administrar o custo Brasil insuportável.

Assim se pronuncia Caio Carvalho na íntegra:

“Desde a aceleração da rota digital, com a pandemia, a velocidade das mudanças em nível global tem, realmente, sido impressionante. O mundo vem se moldando entre a rapidez e a instabilidade e as reações dos diferentes países às mudanças têm sido muito diversas.

O Brasil é protagonista nessa nova geopolítica em dois temas que têm se mostrado extremamente relevantes no pós-tecnologia digital como nós comentamos. E principalmente após essa atual guerra Rússia-Ucrânia essas coisas têm se tornado muito evidentes, que são a segurança alimentar e a segurança energética em nível global.

É preciso trabalhar o nosso protagonismo no agro global e é fundamental trabalhar, em primeiro lugar, a recuperação da OMC (Organização Mundial do Comércio). Número dois, a nossa imagem desgastada por narrativas ambientais mesmo após a Cop-26 em Glasgow, é um fato que tem de ser reposicionado.

O Brasil tem que se posicionar como líder e precisa fazer isso logo, urgentemente. Será preciso fazer isso com os setores público e privado, juntos, a quatro mãos.

Além desse ponto, fundamental, é preciso urgentemente fazer as reformas essenciais, administrativa, tributária e política que tornam o Custo-Brasil insuportável.”

Liderar um posicionamento de potência agroalimentar e ambiental tem sido constante nos líderes ouvidos até agora, incluindo a segurança alimentar e energética planetária.  Alguns já revelaram terem baixa esperança que planos prometidos sejam executados.

Que os candidatos nos escutem e realizem planos competentes a respeito. E eu diria, que a sociedade civil organizada se organize para um planejamento estratégico reunindo e formulando na prática essas visões, aumentariam as possibilidades dos sonhos virarem realidade.

Feliz Páscoa, que os ovos de chocolate adocem a vida de todos, e que os outros ovos das poedeiras resistam aos terríveis custos de produção e continuem oferecendo proteína saudável para a população.

Também pode interessar

Entrevistei o professor dr. Décio Zylbersztajn fundador do Programa de Estudos dos Negócios do Setor Agroindustrial (Pensa) na FEA-USP, e conversamos sobre o editorial do Estadão deste domingo (30), “Inflação sem gravata”, onde está registrado o crescimento dos preços dos cereais, leguminosas e oleaginosas, incluindo feijão e arroz, em 40,82% nos últimos 12 meses.
From now on, there will be no chance of Agribusiness management without using Artificial Intelligence and Digital Technology. However, why are there a quotation marks in the phrase “For an increasingly analogue world?”
O presidente anterior se alinhava ao Trump e arrumava mal estar com os outros clientes brasileiros, inclusive a China, o maior. O atual vai na China e arruma mal estar com os outros maiores, Europa e Estados Unidos. Enquanto no Brasil o MST, na busca por aparecer na mídia invade a Suzano, e a Embrapa Semiárido em Pernambuco, enquanto temos no Brasil cerca de 4 milhões de famílias agrícolas pequenas, com terra, passando fome, cuja única solução é exatamente o cooperativismo, vale registrar que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se pronunciou: “as invasões são inaceitáveis e criminosas”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta semana os dados do Censo 2017 sobre as raças humanas que formam o agronegócio do dentro da porteira. A soma de pardos e pretos representa 52,83%; brancos 45,43%; indígenas 1,12%; e amarelos 0,62%.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite