CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Enquanto Brasil bate recorde de exportações no agro, Argentina prepara as “retenciones”

Publicado em 16/03/2022

TCA
De grão em grão, cresce a exportação

De grão em grão cresce a exportação, pena não termos 300 milhões de toneladas desses grãos. Em fevereiro o Brasil exportou US$ 10,5 bilhões. Isso significa cerca de 65% a mais do que um ano antes no mesmo mês. Preços médios maiores e volumes físicos também.

Os preços subiram 24% e os volumes físicos cresceram 33,7%. Assim a participação do agro nas exportações do país significam 45,9%. O agro contribuiu com o superávit de US$ 9,2 bilhões. Por outro lado, na crise dos fertilizantes, as importações desse insumo cresceram 124,1% no mês de fevereiro deste ano comparado com o ano passado.

E o preço médio do fertilizante subiu simplesmente 128,7%. O que cresceu nas vendas brasileiras foram a soja em grão, carne bovina, café verde, farelo de soja, carne de frango, e até vendemos trigo, do que somos importadores também. E, que pena, perdemos cerca de 40 milhões de toneladas de grãos nos últimos 2 anos em função do clima.

Enquanto isso no país vizinho o governo já prepara a chamada “retenciones”. Isso quer dizer, imposto, ou leia-se uma taxa de exportação cobrada pelo estado. E como sempre isso gera protestos. No farelo de soja são retidos 31%, e nós grãos 33%.

Estão suspensos até segunda ordem na Argentina as exportações dos derivados da soja em grão. Então, nesta crise, ótimo quem tem grão para vender, ruim para quem precisa comprar, e na Argentina, o governo, uma boa parte disso vai pegar.

No Brasil já tivemos isso no passado, bom ficarmos com as barbas de molho, e como deveríamos ter um plano de crise de guerra aumentando a produção de alimentos com no mínimo 300 milhões de toneladas de grãos. Poderíamos ter. Deveríamos ter.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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Cosag é o Conselho Superior do Agronegócio, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), presidido por Jacyr Costa Filho, com vasta experiência no agronegócio, tendo dirigido como CEO organizações com relações mundiais como a Tereos Açúcar e Energia do Brasil, 2ª maior produtora mundial de açúcar e a 3ª do Brasil.
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