CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Malu Nachreiner, presidente da Bayer Brasil, comenta Conferência Brasil-China

Publicado em 25/10/2023

Divulgação
Malu Nachreiner, presidente da Bayer Brasil

Conversei com a presidente da Bayer Brasil, Malu Nachreiner, na Conferência Brasil-China, em São Paulo, nessa semana com encerramento feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Malu dá sua visão do evento e comenta os planos da biotecnologia e do mercado de carbono com sustentabilidade.

“Esse é um momento de alinhamento entre dois países que tem uma conexão muito grande em diferentes pautas. Claro que puxando aqui para o nosso lado, para o lado da Bayer, a nossa divisão agrícola e a parceria que existe entre Brasil e China na pauta agrícola é de extrema relevância. A China hoje é o principal comprador das commodities agrícolas do Brasil. Então nós como empresa que levamos inovação para o agricultor brasileiro, dentre elas a biotecnologia, temos muito interesse em participar dessa discussão para que a gente possa cada vez mais trazer inovação para os agricultores e para que eles possam levar o produto final da sua produção para os grandes compradores, dentre eles a China. Então temas tratados aqui, temas de imensa importância para ambos os lados”.

Então questionei Malu: se a semente genética e a biotecnologia da Bayer, se não forem aprovadas pelo consumidor, a semente não será plantada pelo produtor? A ligação Brasil-China nesse sentido da biotecnologia e a edição gênica, aliás um novo nome para esse tema, qual é a importância desta conexão?

“Primeiro é importante sabermos que toda biotecnologia quando ela é lançada comercialmente, precisa estar aprovada nos principais países importadores. E aí entra a China que é o principal comprador desse produto final, que são os grãos advindos de uma semente com biotecnologia. Então para nós, indústria, e para nós setor no Brasil é muito importante que exista essa sincronia de aprovações, para que o agricultor no momento em que essa tecnologia esteja aprovada no Brasil e nos principais países importadores, ele possa usufruir dos benefícios, desde uma maior produtividade, um melhor controle de pragas e plantas daninhas a depender do que é a tecnologia que está por trás dessa biotecnologia. Então o trabalho regulatório por trás de uma biotecnologia envolve diferentes países, o Brasil e os principais países importadores”.

Em seguida, comentei que vamos ter de assistir uma velocidade muito maior em todos os níveis, porque a ciência que a Bayer trás, e acredito que venha uma revolução científica cada vez mais intensa, nesse sentido, dois programas da Bayer, o pró-carbono e o pró-carbono commodity, dentro do tema dessa reunião Brasil-China, a sustentabilidade, qual a importância disso?

“Muito importante a gente lembrar do que você acabou de falar Tejon: sustentabilidade. Cada vez mais a gente vai ser convidado a discutir o tema de produção e crescimento sustentável. E aí entram dois programas que nós temos. Um é o pró-carbono que nada mais é do que um programa que nós levamos informação, conhecimento e também benefícios para que os agricultores adotem práticas de agricultura regenerativa de agricultura sustentável sejam beneficiados e uma extensão desse programa, um passo além desse programa, é o pró-carbono comodity que é uma iniciativa com o objetivo de dar transparência e rastreabilidade na pegada de cabono na produção no campo. Então aí é um programa onde a Bayer não está sozinha, nós temos parceria de agricultores, de traiders, da Embrapa que é a ciência por trás da metodologia que nos permite hoje medir essa pegada de carbono para que possamos ter no final do dia uma soja ou uma produção agrícola com uma menor pegada de carbono a ser vendida no mercado e a ser de uma certa forma reconhecida como uma produção cada dia mais sustentável”.

Cada vez mais sustentabilidade e o vice-presidente Geraldo Alckmin encerrou essa conferência com uma visão muito positiva de negócios cada vez maiores entre o Brasil e a China.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Pra variar observamos erros de lógica quando entramos no assunto da palavra agronegócio. Temos enfatizado aqui no Agroconsciente que a tradução de “agribusiness” dos professores Ray Goldberg e John Davis, da Universidade de Harvard na década de 50, não é tão simples quanto negócios da agropecuária. É muito mais do que isso. Significa todos os negócios, com ou sem fins lucrativos, desenvolvidos a partir do que é plantado, criado nos campos e nas águas (não esquecer do pescado), incluindo indústria, comércio, serviços, ciência, tecnologia.
Essa pergunta ouvi muito após o lançamento na última quarta-feira do Plano Safra 2022/23, em Brasília, com a presença do presidente da República. A resposta para essa pergunta é: depende. Em primeiríssimo lugar depende dos fatores climáticos.
Ano novo, governo novo, peças do Lego do agronegócio, jogadas sobre a mesa. A transição falou das intenções, boas e bem intencionadas. As partes, as peças do Lego são citadas e mencionadas, mais como fins entremeadas por alguns meios.
Ouvimos Jaime Recena, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). Além de destacar o recorde de produção de ovos de Páscoa, Jaime aborda também o amendoim e o leite, além da geração de empregos no setor e perspectivas do chocolate brasileiro no mundo.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite