CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Ministro Fávaro apresenta o RenovAgro ambiental com juros de 7% no Plano Safra

Publicado em 05/07/2024

Divulgação
Miniistro da Agricultura, Carlos Fávaro

O Plano Safra empresarial mais o da agricultura familiar foi apresentado nesta semana em Brasília totalizando R$ 583,5 bilhões na soma de todos os seus fatores. São R$ 400,59 bilhões para agricultura empresarial, R$ 74,98 para a agricultura familiar e mais R$ 108 bilhões de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para emissões de cédulas do produto rural.

Os juros variam de 7% a 12% na agricultura empresarial. Recebemos da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) um elogio a respeito do Plano Safra para agricultura familiar, com crescimento dos recursos e da equalização de juros, onde a bancada por meio do seu presidente dedicado, Pedro Lupion, registra: “importante corte nos juros de 5% para 2,5% com uma redução que chega a 50% em algumas linhas de crédito”, porém a FPA registra também que o mesmo que foi concedido à agricultura familiar deveria: “seguir para todo setor agropecuário, pois o agro é um só”.

Sobre o ponto de vista do nosso “agroconsciente” considero importante termos destaque e ênfase sobre toda transição que está em movimento no mundo e no Brasil envolvendo os sistemas agrobiológicos, agroflorestais, selo verde, o “agro responsável” e o “RenvAgro”, programa de financiamento para sistemas de produção agropecuária sustentáveis.

São financiamentos para investimentos para adaptação a mudanças do clima e baixa emissão de carbono, com sistemas de integração lavoura, pecuária e florestas, com diversificação de culturas, práticas conservacionistas. O ministro Fávaro enfatizou a identificação de 40 milhões de hectares de áreas de pastagens degradadas prontas para serem transformadas em cultivos sustentáveis com estruturas científicas e do antes e pós-porteira das fazendas, o que dobraria a capacidade brasileira de atuar na segurança alimentar, energética e ambiental do planeta terra.

Então, neste Plano Safra com a empresarial e familiar vamos ver um incentivo para um agroconsciente, inclusive com prêmios na taxa de juros que já estão com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado, e que adotem práticas de produção sustentáveis.

Houve também uma exposição de mecanização para pequenos agricultores, ao lado do ministro do MDA, Paulo Teixeira, onde se constata que sem mecanização a tecnologia dos insumos e sementes não chega nas pequenas propriedades.

Desta forma vimos o ministro Fávaro fazendo uma exposição vibrante, destacando ser este o maior Plano Safra da história.

E ao final de sua apresentação acrescentou: “tem gente que não gosta de nós, mas este não é um campeonato de simpatias e sim de fazer o que tem que ser feito”.

Meu último comentário é sobre a polarização e a divisão que temos no mundo e na agricultura do mundo, e fico com a mensagem do sábio Prof. Dr. Ray Goldberg, criador do conceito de agronegócio na universidade de Harvard, falando para o agroconsciente, já com mais de 95 anos de idade: “precisamos reunir, unir o mundo num só, e cabe ao sistema alimentar realizar essa urgente e fundamental missão”.

Vamos ao ano agrícola 2024/25. As boas obras brasileiras são maiores do que nossas besteiras.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Um ouvinte que nos acompanha na internet e nas redes nos contatou neste domingo último. O Odir Nicolodi, conhecido como Caçula, é de Santiago do Norte, Mato Grosso, presidente da Associação dos Moradores e Produtores, e diz desesperado: “precisamos de energia elétrica e podemos produzir em mais de 1 milhão de hectares sem cortar uma árvore. Olhem pra gente”!
Com a decisão do STF não considerando constitucional a demarcação de terras indígenas no Brasil como estava na Constituição de 1988, e agora com a decisão contrária do Senado, teremos uma batalha com insegurança jurídica para todos os lados, seja qual for a decisão do executivo.
Conversei com a presidente da Bayer Brasil, Malu Nachreiner, na Conferência Brasil-China, em São Paulo, nessa semana com encerramento feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Malu dá sua visão do evento e comenta os planos da biotecnologia e do mercado de carbono com sustentabilidade.
O país todo está polarizado. O bem versus o mal, o nós versus o eles. E no agronegócio a polarização também corre solta. Um vídeo e posts circulam pelo país mostrando uma convocação para 7 de setembro que propõe reunir em Brasília, e pelo país, parte dos agricultores, e os caminhoneiros prometendo parar o país se o voto impresso não for aprovado e o pedido de impeachment dos ministros do STF não for encaminhado pelo Senado federal. Chegam a sugerir sangue derramado, se necessário.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite