CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Ministro Fávaro diz que a “preservação é a galinha dos ovos de ouro” e garante direito a propriedade assegurada como está na Constituição

Publicado em 18/01/2023

Em entrevista para o Estadão e também para nossa coluna Agroconsciente da Eldorado, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, afirma que meio ambiente, preservação, sustentabilidade, práticas sociais formam o futuro inexorável do agronegócio doravante. Ele também afirmou que irá desenvolver tolerância zero com o crime, desmatamento ilegal, o crime ambiental terá um controle rigoroso.

O ministro Fávaro disse atuar para desmobilizar o clima de tensão entre parte de agricultores e pecuaristas com o governo Lula e afirmou: “sobre invasão de terra o governo novo já deixou muito claro que o direito à propriedade e o direito à terra, a homens e mulheres que tenham essa vocação, está na Constituição, temos que respeitar o direito à propriedade.

Sobre as novas demandas dos mercados consumidores com relação as práticas ambientais, o ministro Fávaro disse: “a preservação ambiental é a galinha dos ovos de ouro, e a faremos não porque os outros querem, mas porque nós queremos e precisamos. Nós temos que pensar em produção com sustentabilidade para garantir a longevidade a nossa produção”.

O novo governo, continua o ministro Fávaro, “irá abrir linhas de crédito e tecnologia aos produtores que adotarem práticas conservacionistas”. A Semana da Agricultura Verde será em Berlim reunindo mais de 70 ministros de agricultura do mundo agora, de 20 a 29 de janeiro, e essa será a mensagem brasileira nesse grande evento internacional.

Abrir novos mercados com programas de descarbonização deverá ser de valiosa importância estratégica para diversificarmos produtos vendidos ao mundo e também diminuir dependência de poucos clientes. Além disso uma integração desse novo agro “virtuoso”, como bem o batizou o prof. Dr. Décio Zylberzstayn, para nós aqui no Agroconsciente significará empreendedorismo, empregos, cooperativismo, saúde e impactos positivos no PIB do Brasil.

Está na hora de parar o bate boca polarizado de extremas esquerdas e direitas, umas patéticas e outras patetas, e irmos ao futuro, pra frente, esse é o único caminho.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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Na semana passada a ministra Tereza Cristina, em Luís Eduardo Magalhães no oeste da Bahia, numa teleconferência participando da abertura nacional da colheita disse: “o ouro do agro brasileiro vai ser cada vez mais respeitado, mostrando a qualidade e a sustentabilidade que nossos produtores plantam e colhem a soja para nosso consumidor brasileiro, mas também para muitos países que usam e necessitam cada vez mais do ouro brasileiro”.
Conversei com Neri Geller, que foi ministro da Agricultura, é produtor rural, deputado federal pelo Mato Grosso, progressista e membro coordenador da equipe de transição do agronegócio para o novo governo. Ele me disse que as entidades estão aderindo ao convite para participação na equipe de transição, e que já está ficando para trás a rejeição ao diálogo e contribuição.
A letra do hino da república é muito estimulante e esperançosa, seu refrão diz: “liberdade, liberdade abre as asas sobre nós“, e apesar de existir muito para ser feito na libertação das regulações envolvendo a nova era do carbono, com os 3 F’s: forests, food, finance, o Brasil volta de Glasgow, como cantavam os soldados brasileiros da força expedicionária que libertou regiões italianas dos nazistas: “por mais terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra sem que volte para lá... sem que leve por divisa esse V que simboliza a vitória que virá...”
Sem diálogo entre os elos das cadeias produtivas não temos a gestão do agronegócio. Os agricultores são o elo vital para o sistema do agronegócio funcionar. Porém, são milhões e de um lado são os clientes dos insumos e da mecanização, onde a ciência e a tecnologia é realizada  por corporações com elevado investimento de capital contadas em algumas centenas de empresas. E por outro lado são vendedores da sua produção para tradings, agroindústrias, supermercados que agregam valor, com distribuição e presença mundial, também contadas em algumas centenas de marcas.
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