CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, usa tema do agronegócio para a valorização da indústria de transformação

Publicado em 01/02/2023

Divulgação Fiesp
Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp

“Não resolveremos o crescimento acelerado do país sem a indústria de transformação, ela precisa ser tech, pop, a indústria é tudo”, disse Josué Gomes da Silva, presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp).

A diretoria da Fiesp recebeu o ministro da fazenda, Fernando Haddad, para os temas que envolvem a desindustrialização do Brasil na última segunda-feira (30), a reforma tributária, acesso ao crédito, e aspectos estruturais onde o setor industrial, que chegou a representar 27% do PIB, tem hoje apenas 11%, onde já chegamos a ter um índice de produtividade na casa de 55% como dos Estados Unidos e hoje caímos para 25%.

Mas o presidente Josué usou o slogan para a indústria igual ao que tem sido usado por uma campanha na rede globo de televisão, o agro é tech, o agro é pop, o agro é tudo, fazendo analogia com o setor industrial. E adicionou: “o agronegócio é fruto da indústria de transformação”, e mencionou a Abimaq, defensivos, tecnologias, ali presentes.

Mas muito mais. Sem o crescimento da indústria, da agroindústria, do comércio e dos serviços, podemos produzir grãos, vender para o mundo mas isso não irá gerar os vitais impactos no PIB do Brasil, e pior não iremos irrigar a sociedade brasileira com empregos urbanos, empreendedorismo e muito mais cooperativismo. A indústria de alimentos e bebidas representa 25% do total da indústria nacional e tem uma missão sagrada no relacionamento com os produtores rurais, pois é o maior freguês de todo agricultor do país, além de criar marcas, marketing e vender valor agregado percebido.

Quando olhamos para as exportações, soja 38%, carnes 18%, produtos florestais 10%, açúcar e etanol 8%, milho 8%, café 6%, algodão 2%, fumo 2%, suco de laranja 1%, em todas essas relações estão presentes os produtores rurais, e com eles a indústria, comércio e serviços do antes e do pós-porteiras das fazendas. É um legítimo sistema agroindustrial que precisa ser pensado, planejado, e ativado junto, como um Lego que não se forma de uma ou poucas peças só.

O ministro Haddad falou da reindustrialização do Brasil a partir da energia limpa. De fato somos só oportunidades no eólico, solar, hidro, hidrogênio verde, biomassa, biogás e gás do pré-sal.

Mas está na hora das representações desse sistema de agronegócio, envolvendo comércio, serviço, indústria e agropecuária possam estar juntos, reunidos com planejamentos integrados cadeia produtiva a cadeia produtiva.

Quem sabe já não passamos da hora de ficar esperando por governos? Fiesp, Fecomercio, Faesp, Febraban, Ocesp, entidades dos serviços – transporte, turismo, educação.

Nunca tantos deverão tanto a tão poucos se alguns poucos com as representações nas mãos se orquestrarem para uma só orquestra, crescimento do país com metas claras no PIB.

Os tais dos 30% do PIB do Brasil, quando falamos do agronegócio, é a soma desse sistema, não o olhar como a estratégia do design thinking econômico vocacional do país é sofrimento que não precisa ser sofrido.

O Conselho Superior do Agronegócio (COSAG), da Fiesp tem uma oportunidade de ouro nas mãos.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

O setor do agronegócio está dividido, polarizado, uma parte com medo apocalíptico do novo governo, outra parte seguindo adiante, enquanto movimentos sociais já buscam protagonismos nas suas teses de olho nas movimentações dos sem terra, por exemplo, associando a palavra agronegócio com exploração ambiental e humana e se esquecendo que qualquer assentamento produtivo precisa da gestão desse conceito agronegócio além da filosofia cooperativista para obter sucesso para muitos e não para alguns.
Nos reunimos em cerca de 30 líderes do agro na cidade de Ribeirão Preto no final de julho deste ano 2020 para debatermos os desafios da comunicação. Este encontro faz parte de um projeto de altos líderes do agro promovido pela FMC, tendo na FDC, Fundação Dom Cabral seu braço acadêmico.
Clean label, um conceito que ganha preferência dos consumidores na hora de comprar alimentos. Esse termo clean label, em uma tradução direta significa rótulo limpo porque alimento está associado à saúde, e saúde rima e está diretamente vinculada com natureza, pureza. Portanto vem ganhando espaço nas preferências dos consumidores.
Nesta semana no Conselho Superior do Agro (COSAG) da FIESP ocorreu a reunião do conselho que tratou de dois temas: o caminho verde e a conversão de pastagens, com Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)  e o tarifaço.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite