CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Voz de líder: Jacyr Costa Filho, Cosag, pede “Brasil referência mundial em termos de sustentabilidade”, com 5 pontos vitais num plano de governo

Publicado em 20/04/2022

Divulgação FIESP
Jacyr Costa Filho, presidente do Cosag

Cosag é o Conselho Superior do Agronegócio, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), presidido por Jacyr Costa Filho, com vasta experiência no agronegócio, tendo dirigido como CEO organizações com relações mundiais como a Tereos Açúcar e Energia do Brasil, 2ª maior produtora mundial de açúcar e a 3ª do Brasil.

Jacyr tem conduzido o Conselho Superior do Agro numa excelente iniciativa da FIESP, onde estão reunidas importantíssimas lideranças de toda a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro.

Na continuidade de ouvir vozes de líderes aqui no Agroconsciente do Jornal Eldorado, pedimos que Jacyr enviasse a sua mensagem para os candidatos à presidência da República, e os pontos vitais que precisam constar e serem realizados num plano de governo.

Cinco pontos são destacados por ele:

1 - Continuidade e aperfeiçoamento do Plano Nacional de Fertilizantes.

2 - Rdução da emissão de metano para cumprirmos os compromissos da Cop-26, em Glasgow.

3 - Incentivo ao biogás, a partir de resíduos agroindustriais e lixo urbano onde no setor sucroenergético poderemos aumentar em 20% a energia gerada.

4 - Política para bioinsumos, biofertilizantes e biocombustíveis.

5 - Incentivo aos produtores rurais para serem remunerados pela preservação de florestas com financiamentos associados aos padrões ESG.

E com tudo isso termos uma agricultura como “referência mundial em termos de sustentabilidade”. Interessante, até aqui, ao ouvirmos de novo as vozes dos líderes.  Há uma grande convergência dentre todos para o Brasil ser uma potência agroalimentar, energética e ambiental.

Segue a declaração completa de Jacyr Costa Filho, presidente do Cosag:

“Tejon, em primeiro lugar, parabéns pela iniciativa. Esse governo iniciou programas importantes que acredito devam ser aprimorados e incentivados pelos próximos governos. Em primeiro lugar, o Plano Nacional de Fertilizantes que objetiva reduzir a nossa dependência externa desse fundamental insumo para a nossa agricultura. Em segundo, o Programa de Redução de Emissões de Metano como a finalidade de se cumprir os compromissos assumidos, por nós, na Cop-16, em Glasgow. Em terceiro, o Programa de Incentivo ao Uso de Biogás, a partir de resíduos agroindustriais e lixo urbano.  Esse programa tem um grande potencial de crescimento no setor sucroenergético podendo aumentar em até 20% a energia, atualmente, gerada. Também deve ser incentivado o uso de bioinsumos, como biodefensivos e biofertilizantes, além do uso de biocombustíveis que tenham forte impacto positivo na nossa indústria automotiva nacional. Programas visando remunerar os agricultores para conservação de florestas, aliados a financiamentos com práticas de ESG, ajudarão a tornar a nossa agricultura brasileira uma referência mundial em termos de sustentabilidade. Um grande abraço.”

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

No Agroconsciente desta sexta-feira (23) conversei com Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo JBS pela Amazônia, criado em setembro do ano passado, que teve início com uma captação de R$ 250 milhões que serão investidos inicialmente em seis projetos, três de cadeias e três estruturantes.
A nova novela das 21h da Globo, Terra e Paixão, não é carioca, paulistana, ou de nenhuma grande capital urbana do país. Está ambientada em “Nova Primavera”, (cenas gravadas em Dourados, Deodápolis e estúdios), no Mato Grosso do Sul. Muito além de agronegócio, uma legítima “agrossociedade”.
Estudos do Cepagri/Unicamp e Embrapa no trabalho: “aquecimento global e a nova geografia de produção agrícola no Brasil” estão se materializando. O pesquisador Eduardo Assad registrou no Jornal da Unicamp o seguinte: “infelizmente ainda existem os que acham que somos uma ilha de agroprosperidade em um mundo de invejosos, cresceu muito o negacionismo climático nos últimos 4 anos”.
Somos potência para dobrar de tamanho em tudo. E principalmente onde já possuímos ativos concretos, conhecimento, inteligência humana, e exemplos honestos e legítimos. Nos últimos 50 anos o que passamos a chamar de “agronegócio”, um sistema envolvendo a agropecuária com a ciência, insumos, mecanização, indústria, agregando valor, comércio e todo setor de serviços passou a representar 27,4% do PIB nacional. Esta conta hoje é “contada” pelo Cepea/Esalq. Portanto, em um PIB total brasileiro de US$ 1.92 tri em 2022, o agronegócio representou US$ 526 bilhões.
© 2024 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite