CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Custo de todos os alimentos dobram de preço no mundo e Brasil terá safra record

Publicado em 12/03/2021

Devido a pandemia disruptiva das cadeias produtivas, restrições de exportações por parte de países e clima, a FAO informa que todos os alimentos, tendo como base a média dos preços dos anos 2014/2016, subiram 106% até março de 2021. Os principais aumentos foram: óleos vegetais, 147%; cereais, 126%; produtos lácteos, 113%; açúcar, 100%; carnes, 96% e feijões no Brasil, 54%.

Estamos frente a uma inflação dos alimentos mundial. E aspectos colocados como custos de frete marítimo, como exemplo a declaração de uma companhia nos Estados Unidos informando que pagava 6 meses atrás US$ 2,5 mil para embarcar um contêiner de 12 metros de Nova York para Califórnia, e hoje está pagando US$ 67 mil.

Uma crise de conteiners, dentre vários problemas acumulados. O Brasil tem dependência externa elevada nos fertilizantes, por exemplo, o que levou a ministra Tereza Cristina a instituir um grupo de trabalho para em 120 dias apresentar sugestões para um plano nacional de fertilizantes, onde cerca de 80% deste insumo vital para o agro do país vem de fora, ou seja, o agro brasileiro entra pelo Porto, e depois também sai pelo Porto.

Vamos para uma safra superior a 272 milhões de toneladas de grãos, com total ênfase na soja e no milho, as argamassas das rações do mundo, dos óleos e biodiesel e etanol não de cana. Milho, de 102 milhões de toneladas para 108 milhões e soja de 124 milhões para 135 milhões. Arroz continuamos nas cerca de 11 milhões de toneladas e o feijão 3 milhões e 200 mil, as mesmas. No arroz e feijão continuamos com os volumes tradicionais.

Sem dúvida um planejamento estratégico com metas, política de armazenagem, acesso a mercados e segurança alimentar no país precisaremos desenvolver. Hoje tudo está por conta e risco do produtor rural. E agropecuária exige segurança de investimentos para longo prazo. Planejamento estratégico de todo agronegócio brasileiro. Hortifruticultura e oportunidades de crescimento interno como pescado, lácteos, trigo e cacau fazem parte da conta.

José Luiz Tejon, Coluna Agroconsciente, para a Rádio Eldorado.

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O Brasil tem uma dependência de cerca de 85% de fertilizantes importados, com custos elevados e riscos de suprimento. Com uma iniciativa significativa a JBS, líder da proteína animal, dentro de uma estratégia de economia circular passou a transformar resíduos de suas operações em úteis e importantes insumos como os fertilizantes orgânico, organominerais e especiais na cidade de Guaiçara, interior de São Paulo.
Estou aqui hoje em um momento muito especial no lançamento de um livro muito importante neste nosso mundo de guerras comerciais: “Brasil e Mundo Árabe”, aqui na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, escrito por seu ex-presidente, atual conselheiro de Administração e Orientação da mesma câmara, e cônsul da Tunísia, Rubens Hannun.
Eu falo do Mato Grosso, de Lucas do Rio Verde, em um evento grandioso acontecendo aqui, Show Safra, onde tem tecnologia, ciência, e os agricultores estão muito otimistas com a produtividade esperada dos grãos, fundamentalmente, a soja e o milho, e o tema pecuária, bovinocultura, carne bovina e a expectativa é positiva.
Será formalmente lançado  no próximo dia 26 de abril um livro com 10 visões diferentes, celebrando 50 anos de história da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa com o título: “O futuro da agricultura brasileira”.
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