Eldorado/Estadão - A majestade o sabiá e a flor, e o beija flor!
Publicado em 08/11/2021
TCA InternacionalA alma sertaneja foi sacudida pelo falecimento de Marília Mendonça. Como nas melhores fábulas de Tolkien, como em Senhor dos Anéis, cabe ao mais puro dentre todos assumir a jornada de herói. Na Fábula foi o Frodo. Na vida real, Marília Mendonça.
E como Marília, outros. Na música sertaneja a sua rainha Roberta Miranda, quando soube do acidente com Marília ficou paralisada. Estava no carro. Parou, uma cacofonia de buzinas atrás de si, mas Roberta precisou ser internada. Roberta dizia que seres humanos como Marília Mendonça é como se fossem ricas e lindas sementes de quem ela se sente parte inseparável.
Dentre mais de 300 músicas de Marília Mendonça uma se conecta muito com outra da Roberta Miranda. Marília escreveu “A flor e o beija flor”, que diz: “E a flor conhece o beija flor e ele lhe apresenta o amor e diz que o frio é uma fase ruim, que ela era a flor mais linda do jardim e a única que suportou. Merece conhecer o amor e todo seu calor”. Roberta Miranda em “Majestade o Sabiá”, escreveu: “Ah, tô indo agora prum lugar todinho meu, quero uma rede preguiçosa pra deitar. Em minha volta, sinfonia de pardais. Cantando para a majestade, o sabiá”.
O agroconsciente tem uma governança suprema, o amor, pois quem ama alimenta e preserva o mundo. E precisamos demais do calor da alma, a cultura e a música dos mais puros humanos dentre todos. Meus sentimentos, para todos envolvidos neste acidente e que nossas mulheres sertanejas cantem cada vez mais alto, as sementes do amor!
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.