CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Plano 40 milhões de há será um show agroconsciente tropical brasileiro para o mundo

Publicado em 27/11/2023

Divulgação
Brasil apresentará na Cop-28 o plano de inclusão de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas para uma economia agroconsciente

Nesta semana o Brasil irá apresentar para o mundo o plano de inclusão de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas para uma economia agroconsciente. Isso significará dobrar em 10 anos a área agricultável sustentável brasileira dentro de modelos agroflorestais, integração lavoura, pecuária e florestas, diversificação de culturas com alimentos e bioenergia. Dentro desses 40 milhões de há, 12 milhões serão para restauração de florestas.

O plano envolverá investimentos empresariais, fundos internacionais, estrutura de pós-porteira com logística e armazenagem e ingresso numa bioeconomia do carbono.

O mundo vive uma insegurança alimentar, energética e ambiental. As mudanças climáticas estão mudando as características das regiões produtoras. O crescimento populacional nos levará a casa de 10 bilhões de habitantes na década de 2050. Uma área hoje em disputa na guerra Rússia-Ucrânia faria do leste europeu, com as terras mais férteis do mundo, uma outra zona de potencial crescimento na segurança alimentar e bioenergética mundial. Porém uma guerra sem fim ali se estabeleceu.

Onde temos as maiores agriculturas já instaladas do mundo, são milenares e centenárias, não há potencial de crescimento, apenas de aperfeiçoamento, como China, Estados Unidos, Índia e Europa.

Este plano brasileiro oferecendo 40 milhões de hectares que serão transformados em inclusão alimentar, energética, ambiental e humana, sem cortar uma árvore sequer, ao contrário plantando árvores, será o destaque da Cop-28. Será também o fato concreto para buscarmos dobrar o agro brasileiro de tamanho com sustentabilidade e agregação de valor, industrialização de insumos, máquinas, sistemas de gestão, digitalização, e irrigação econômica em todas as atividades indiretas desse agroconsciente.

Embrapa, gestores deste plano, todas as lideranças que o estimulam de verdade merecem o prêmio Nobel da Paz. Este plano é o maior plano para segurança alimentar energética e ambiental do século XXI.

Se acompanhado de rigores severos no combate ao crime e ilegalidade ambiental, e tendo adicionalmente abertura para programas agroflorestais na Amazônia, estaremos criando uma nobre e ética imagem brasileira no planeta inteiro.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Agência Estado trouxe a informação do Ministério da Agricultura, num encontro do ministro Carlos Fávaro com Hexin Zhu, presidente do grupo chinês Citic, da iniciativa de investir em terras degradadas brasileiras. O Citic está entre as 35 maiores empresas chinesas e uma das 150 mais lucrativas no mundo segundo a revista Forbes. Já atuam no Brasil com equipamentos para indústria e na área da energia solar.
Amanhã 16 de outubro celebramos o Dia Mundial da Alimentação. Estamos a quase 1/4 do novo século XXI, e apesar do desenvolvimento científico, tecnológico, da integração de cadeias produtivas produzindo alimentos em abundância e baratos, com distribuição global, ainda contamos com fome, má nutrição, inflação de comida básica, e milhões de agricultores fora dos mercados. Desta forma empreendedorismo e cooperativismo continuam sendo as varas vitais para pescar ao invés de planos que objetivem “dar peixes“.
Estamos juntos na Esalq, na 17ª Feira de Carreiras. A Esalq, considerada a 4ª melhor universidade de ciências agrárias do mundo, traz as empresas para dentro do seu campus em Piracicaba. A realização é do Departamento de Economia, Administração e Sociologia, sob responsabilidade do professor Roberto Arruda de Souza Lima, e coordenação das professoras Marina Franco de Lima e Gabrielle de Souza.
Com a guerra, as narrativas mundiais convergem para afirmações como: “o pior está por vir”. Inflação será mundial. Protecionismo agrícola voltará. Vai faltar alimento na Europa. Nunca dependemos tanto da China para acabar com uma guerra como hoje. Putin é um líder do século XIX atuando no século XXI”.
© 2024 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite