CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Ação público privada é o caminho que muda o agro para muito melhor

Publicado em 24/03/2025

Divulgação
CNA CEFENP e Embrapa unidos para trazer investimentos privados para pesquisas

A CNA terá Roberto Rodrigues na coordenação com Embrapa, de um plano que o seu presidente, João Martins, decidiu investir R$ 100 milhões em suporte à pesquisa. Decisão essa celebrada com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro.

O ex-ministro Roberto Rodrigues, professor emérito da FGV, foi convidado e aceitou a missão de coordenar essa iniciativa, que objetiva reunir R$ 1 bilhão em esforços científicos da iniciativa privada fundamentais ao futuro do agro, como por exemplo estudos em cada microbioma brasileiro de adaptações as mudanças climáticas do agro tropical.

Outra ótima decisão é o CEFENP: Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas. Conversei com José Carlos Polidoro, pesquisador com os maiores conhecimentos brasileiros em fertilizantes, solos e plantas que estará na coordenação desse elo científico público e privado, representando o MAPA e que objetiva concretizar o Plano Nacional de Fertilizantes tendo como meta reduzir a importação de 85% para 50% de fertilizantes até 2050. Este centro de excelência integrará governo, cientistas com a iniciativa privada para modernizar e ampliar a produção nacional, reunir investimentos e criar vantagens competitivas tropicalizadas.

E para os fertilizantes a infraestrutura, logística, transportes e equipes de trabalho, recursos humanos no próprio MAPA serão essenciais. Também no aspecto nutrição de solos e plantas iremos contar com os biofertilizantes e fertilizantes especiais, orgânicos, originados dos resíduos e dejetos urbanos e rurais, como já presenciamos uma iniciativa pronta em andamento em Toledo, no Paraná, entre a cooperativa Primato e a Tupy MWM, além do setor da cana-de-açúcar, como exemplos concretos.

Estes dois casos a CNA com a Embrapa e Centro de Excelência em Fertilizantes, o CEFENP, precisam contar imediatamente com a adesão do setor privado.

Somente com o engajamento da iniciativa privada iremos obter recursos para a pesquisa que precisa ser feita junto com a Embrapa e para diminuir uma dependência injustificável do insumo vital para nossa agricultura tropical, de solos fracos, o adubo.

Mudar o agro para muito melhor só tem um jeito: sociedade civil organizada participando da ação público privada. Parabéns CNA, sucesso Roberto Rodrigues e Embrapa. Parabéns CEFENP, com iniciativa privada. Adubando, aí dá.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Desde 2012 a Via Consulti faz a tabela que o Brasil confia. Vale celebrar o seu 10º aniversário! O Brasil tem um dos maiores parques de máquinas agrícolas do mundo. E para vender os novos, os usados fazem parte de forma fundamental. A Via Máquinas com seu trabalho de leilão pioneiro no setor tem no Usadão, seu nome popular, que movimenta os equipamentos usados no país.
Apex Brasil e entidades fazem ótimo trabalho nas vendas externas. A indústria de alimentos fechou o ano exportando 16,8% a mais sobre 2020. O agronegócio aumentou 18,4%. E isso não se trata apenas de efeito da taxa valorizada do dólar perante o real.
Mais de 570 milhões de agricultores no mundo. 5 milhões no Brasil, e aqui apenas 1% é grande propriedade acima de mil hectares. A agricultura familiar é um berço de segurança alimentar, energética, ambiental e humana de todo o planeta e do Brasil. Porém a agricultura familiar exige e precisa de cooperativismo. Leiam o meu artigo no Anuário Brasileiro de Agricultura Familiar 2024.
Num artigo extraordinário do economista Roberto Macedo para o jornal Estadão (18.07 – Pág. A4), ele enfatiza: “ocupamos o 3º lugar dos países com maior desigualdade social, atrás da Rússia e da África do Sul, algo que poderia ajudar seria uma forte aceleração do crescimento econômico. O Brasil já chegou a crescer 7% ao ano e, agora, há mais de 4 anos nos conformamos com crescimentos de apenas 2%, onde a sociedade e analistas econômicos projetam essa previsão para os anos futuros”.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite