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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - “Agrishow 2023 vai bater recorde”, afirma Francisco Maturro

Publicado em 03/05/2023

Divulgação Agrishow
Tejon com Francisco Maturro, presidente da Agrishow

Eu estou aqui na Agrishow, ao lado do Francisco Maturro, o Chiquinho, que é o presidente dessa feira, uma das maiores do mundo hoje, e ele vai nos contar o que está acontecendo, as perspectivas. Hoje (dia 3) estamos nessa manhã aqui com vocês. O que está acontecendo na Feira Agrishow?

“A Agrishow, já fechando 40% dela, que são 100% em cinco dias, nós temos uma expectativa muito positiva. No primeiro dia foi muito bom de movimento, de pessoas e de visitantes e visitantes interessados em fazer negócios. Segundo dia, igualmente, foi muito bom, muita gente dentro da feira, muita gente negociando, os estandes todos lotados e mesas de negociação. Isso é fundamental. E o mais importante é que nós estamos vendo muita gente interessada nas inovações, nas tecnologias que estão sendo apresentadas. E ao mesmo tem em todos os estandes engenheiros, desenvolvedores de produtos, colhendo as informações que o produtor traz do campo, suas dificuldades, seus pequenos ou grandes problemas que ficam na mão dos engenheiros para que resolvam essas demandas que vêm do campo. Essa troca é tão importante que talvez seja o maior dividendo que a Agrishow leva para casa”.

Perguntei ao Chiquinho se a Agrishow é uma casa educadora. E ele respondeu: “eu diria que a Agrishow é uma universidade a céu aberto. Se eu pudesse trazer todos os gerentes das nossas propriedades pra cá, eu traria. Os operadores de máquinas também, porque aqui se aprende e aqui se ensina”.

Questionei ainda o Chiquinho se a Agrishow vai ter recorde de vendas. “Tejon, você sabe que a máquina de um ano para o outro vai defasando tecnologicamente. Então as substituições de máquinas hoje não são porque envelheceram, porque não colhe mais, não planta mais, porque o trator não opera. Elas são defasadas tecnologicamente e cada dia mais elas vão se defasando mais rapidamente. O que acontece hoje? Hoje acontece que os preços vão variando de acordo com a configuração que o produtor demanda naquela máquina. A base é a mesma, mas se você quer mais configuração, menos configuração, mais ou menos conectividade, vai variando o preço. Eu acredito que bate o recorde do ano passado.

Fiz então a pergunta dos números da Agrishow em relação ao ano anterior. Ele disse que “a estimativa é de alcançarmos 10% a mais de vendas do que o ano passado, mais um recorde no agronegócio”.

Comentei então sobre as iniciativas inovadoras da Agrishow como a da Letícia Jacinto trazendo crianças, iniciativas gastronômicas, e de muita gente que vai a Agrishow com a família e Maturro disse:  “Sim, crianças a gente entende aqui que tem uma regra, porque tem questões de segurança, Ministério do Trabalho, respeito as regras todas, tem que respeitar crianças só a partir de 12 anos tem mais noção. Esse movimento que está acontecendo pela Letícia Jacinto é o De Olho no Material Escolar. Eles têm esse objetivo de mostrar para as crianças ou para os pré-adolescentes o que está acontecendo no mundo real, e não aquele mundo que se prega que não é o mundo verdadeiro. Nós queremos ensinar as crianças aquilo que é de verdade, esse é objetivo. São mães que estão zelando por seus filhos. Elas não querem orientação que não seja a orientação correta. É assim que a gente deve olhar para todos os filhos. Quando você diz dos produtos artesanais do agro, nós estamos falando em queijos, charcutaria, que são os embutidos, do mel, de vinhos artesanais porque durante a gestão do Itamar Borges e a minha à frente da Secretaria de Agricultura, nós mudamos a lei para o sentido da simplificação da burocracia. Não abrimos mão da qualidade, da vigilância sanitária que não é da nossa atribuição, é de outra atribuição, mas a defesa agropecuária é do Estado de São Paulo, todos com Sisp, absolutamente legalizados, com produtos de confiança, que para eles, pequenos produtores, a Agrishow parecia que estava distante como a lua e hoje eles estão inseridos nesse contexto, queijos que ganham medalha na França, azeite que ganha medalha na Itália, estão hoje aqui à disposição do nosso visitante”.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.  

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Estou aqui em Nova Canaã do Norte, Mato Grosso, ao lado do Daniel Wolf que vai nos dizer um aspecto fundamental, importantíssimo, do nosso Agroconsciente. Como é que a gente consegue efetivamente, ao contrário de tirar árvores, plantar mais árvores e ter uma atividade de agronegócio extraordinariamente saudável, rentável e muito inteligente.
Abordamos aqui no Agroconciente as manifestações dos dois presidentes dos principais eventos do agro deste início do ano. Ouvimos Dilvo Grolli presidente da Show Rural Coopavel e Nei Manica presidente da Cotrijal/Expodireto. Além do sucesso de negócios em ambas, batendo recorde de movimento de negócios e público, havia uma solicitação forte sobre a necessidade de complementação do crédito rural e a equalização dos juros. Uma constante em todas as lideranças é a expectativa da queda de juros. Nesta semana houve uma reunião do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com o ministro da Fazenda Fernando Haddad.
Aí vai a “pergunta que não quer calar”, expressão famosa de Artur Xexéo, brilhante jornalista: se o agronegócio é contra o desmatamento ilegal, por que o desmatamento ilegal faz de tudo para se esconder sob o agronegócio?
Entrevistei o fundador do PENSA, o Centro de Conhecimento em Agronegócios da FIA, professor Décio Zylberzstajn, que fala de um novo agro, um agro pleno de virtudes  e acima de somente ser um agro produtivista.
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