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DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - "Delfim Netto foi ministro da Agricultura e teve participação fundamental na história do agro", comenta Roberto Rodrigues

Publicado em 14/08/2024

Divulgação
Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda e da Agricultura do Brasil

Lamentamos o falecimento de Delfim Netto, nesta semana, que foi também ministro da Agricultura. E pedi ao ministro Roberto Rodrigues que nos desse uma pequena síntese de iniciativas muito positivas realizadas por Delfim Netto quando ministro da Agricultura, em 1979.

“Depois de ser ministro da Fazenda e de ter cuidado financeiramente do país, Delfim foi ministro da Agricultura, em 1979, e foi muito interessante porque ele conhecia bem de agricultura, sua tese de doutorado foi sobre café. Ele fez um trabalho muito grande com a política de preços mínimos, com ênfase aos preços mínimos e ao crédito rural, inclusive eu vivi um momento muito feliz com ele no Ministério da Agricultura. Tanto é verdade que quando o Ministério da Agricultura fez 100 anos, foi feita uma pesquisa com os funcionários do ministério no tempo dele, ele já era aposentado, e na atualidade e o Delfim foi um dos três ministros mais votados por funcionários do Ministério da Agricultura no aniversário de 100 anos do ministério o que mostrou que, além de tudo, tratou muito bem também da máquina pública, respeitou os funcionários do Ministério que são, de fato, uma elite interessantíssima no Senado Federeal. Delfim foi um homem que também fez história na agricultura.”

Obrigado ministro Roberto Rodrigues, aliás os três ministros eleitos no centenário do Mapa, como mais notáveis, foram Delfim Nett, Alysson Paolinelli e o próprio Roberto Rodrigues.

Também em uma conversa que tive com o ex-ministro Cirne Lima, que fez o plano de criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1970, ele me dizia que contou com muito apoio do então à época ministro da Fazenda, Delfim Netto.

José Eustáquio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) acrescentou que nessa origem da concepção da Embrapa, estavam também Afonso Celso Pastore, José Pastore, Eliseu Alves, e até Paulo Rabello de Castro no início de sua carreira.

Alysson Paolinelli em 1973 criou formalmente a Embrapa, que permitiu ao Brasil reunir o estado da arte do conhecimento do mundo, adaptar e tropicalizar, criando uma revolução tropical alimentar, energética e ambiental, gerando junto com agropecuária, indústria, comércio e serviços que hoje significam cerca de 25% do PIB brasileiro.

Três ministros ao longo dessa história foram eleitos pelos funcionários na ativa e aposentados no centenário do MAPA como os mais notáveis e queridos da instituição, o Delfim Netto, o Alysson Paolinelli e o ministro Roberto Rodrigues.

Também posso registrar ter sido Delfim Netto um incentivador do cooperativismo brasileiro.

Portanto, nossos sentimentos, a filha e ao neto, amigos e parentes do ministro Delfim Netto, e a missa de 7º Dia será realizada na próxima segunda-feira, 19/8, às 10h na Paróquia São José, no Jardim Europa.

Delfim Netto, uma contribuição significativa para o agro brasileiro na nossa história.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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Essa frase do grande líder brasileiro, in memorian, Alysson Paolinelli, nos ajuda a entender bem tanto os aspectos da insatisfação dos agricultores europeus, num mundo onde o Brasil assume a 4ª maior agricultura do planeta e numa jornada para ser a maior dentre todas nos próximos 15 anos, portanto, somos competitivos em escala e custo, inigualáveis; então não querem os agricultores europeus o acordo União Europeia & Mercosul.
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