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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - “Green Bônus e descarbonização, futuro do agro”, Tirso Meirelles/FAESP

Publicado em 23/06/2025

Divulgação
Tirso Meirelles, presidente da FAESP.

Cerca de 20% da ureia consumida no Brasil, que importa 85% dos seus fertilizantes, traz custos extraordinários para o agro brasileiro. Também o custo da logística cresce com o preço do petróleo podendo atingir 100 dólares o barril. Neste cenário mais do que nunca precisamos de um planejamento estratégico brasileiro onde deveríamos parar de perder tempo discutindo vantagens deste ou daquele nas próximas eleições e termos de fato um plano de estado.

Neste cenário incerto e turbulento, mais ainda a importância dos biocombustíveis, da descarbonização e de renda adicional para os produtores rurais com os green bônus, os bônus a partir de ações regenerativas descarbonizantes. Nesse sentido ouvimos Tirso Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), sobre os green bônus e as ações brasileiras descarbonizantes, vitais para o futuro e para este extremo presente.

“O financiamento green bônus, nós temos um encontro e um desafio muito grande. Para que se possa disseminar esses green bônus que seria o crédito de carbono para o produtor rural nós temos de fazer a regularização no campo. Hoje todos estados todos já estão com sua titularidade e regulamentação correta. Onde falta criar isso é no Amazonas para que realmente você possa culpar aquele que esteja fazendo o desmatamento efetivo e para que você possa também premiar aquele que está preservando a sua mata. Como lá são todas áreas provenientes do Governo Federal, então não tem como utilizar esses bônus porque você não tem o nome do proprietário. Outro ponto importante é o formato de como os animais, principalmente a pecuária de leite e de corte que expelem o aspecto metano, que é um gás poluente, eles estão utilizando o sistema digetivo, as rações, e o manejo do processo como um todo para diminuir esse metano. Isso é muito bacana, e interessante e nós temos também um trabalho interessante, a Embrapa já está utilizando, mas o que foi colocado é que nós sempre nos preocupamos com o sequestro do carbono da terra para cima. Agora nós estamos trabalhando da terra para baixo. Você tem as raízes da pastagem e das culturas que sequestram o CO2. Então isso é muito importante vai mudar a realidade hoje do que a gente tem poluído, mesmo que o Brasil com todas essas condições nós representamos cerca de 3% de poluição no mundo. Nós somos muito pequenos em relação aos outros, mas mesmo assim estamos fazendo o nosso trabalho”, concluiu Tirso Meirelles.

Não podemos perder tempo com a distração do foco do país num cenário de elevados riscos onde temos dependências estruturais inaceitáveis para o agro brasileiro. Está na hora da sociedade civil organizada assumir protagonismo e cobrarmos aqui um plano de estado e de segurança nacional muito além de bullyings e polarizações eleitorais. E para já os “green bônus” e a valorização da agricultura regenerativa brasileira, a descarbonização que exige a regularização fundiária para ser realizada e comprovada.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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