CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Indústria da alimentação e bebidas salva o setor industrial brasileiro

Publicado em 15/06/2022

Divulgação
João Dornellas,presidente da ABIA

O IBGE registrou que a indústria de transformação do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2022, porém o setor de alimentos e bebidas superou, crescendo 6,8% em vendas no mesmo período, quase 5 vezes mais.

A Abia - Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Bebidas através do seu presidente João Dornellas me enviou o relatório de desempenho do setor no primeiro quadrimestre deste ano comparado ao mesmo período de 2021.

As exportações da indústria de alimentos brasileira subiram quase 30% no período, em função da guerra Rússia Ucrânia. Vendemos mais óleos, farelos, proteínas animais e açúcares. Significou um faturamento de US$ 16,6 bilhões nas exportações, de um setor que vale 60% do saldo positivo da nossa balança comercial.

No primeiro quadrimestre essa indústria que representa 25% da indústria nacional cresceu 4,4% em vendas e 1,8% em volume físico comparado ao mesmo período de 2021. Obteve um faturamento de R$ 261,3 bilhões. Também gerou 30 mil empregos adicionais, num segmento que emprega 1,7 milhão de pessoas.

Os custos das matérias primas subiram 28% comparando abril 2022 com 2021, além dos custos de insumos, e energia. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, atendendo 190 países diferentes e João Dornellas, presidente da Abia afirma: “é importante medidas governamentais para disponibilizar matérias primas essenciais para a produção de alimentos, como redução temporária no imposto de importação de embalagens e insumos, como o óleo de palma, pode ajudar muito”.

A agroindústria de alimentos e bebidas é o cliente número 1 dos agricultores brasileiros. Quanto mais houver diálogo e busca de soluções dentro das cadeias produtivas mais eficácia e segurança teremos nas questões dos alimentos tanto para os negócios quanto para a vida do brasileiro.

Sem dúvida precisamos aumentar a oferta de grãos no Brasil, pois milho e soja estão para o setor de alimentos, o agronegócio, como o aço para a indústria metal mecânica. 300 milhões de toneladas de grãos o mínimo necessário para a próxima safra. Ótimo para agricultores, agroindústrias e consumidores.


José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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