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DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Ivan Wedekin prevê oportunidades positivas para o agro em 2023

Publicado em 13/01/2023

Divulgação
Ivan Wedekin

Em entrevista para o Agroconsciente, Ivan Wedekin, ex-secretário de Política Agrícola no primeiro governo Lula ao lado do ministro Roberto Rodrigues, consultor, agrônomo, aponta que o setor precisa ficar de olho, sim, no mercado, pois “o mercado é o nosso patrão”.

Ivan aborda que o nosso maior cliente, a China, deverá crescer em 2023 4,5%, bem acima dos 2,7% do ano anterior. Também o mundo está demandante do Brasil, teremos uma safra recorde “com uma conjuntura econômica melhor e revitalização do mercado intern. As nuvens de trevas que rondam as narrativas em torno do agro não passarão de pequenos efeitos perante as reais oportunidades”.

Para o ministro Carlos Fávaro, Ivan Wedekin pede que defenda o ministério dividido em 3 partes, também sem a Conab , que o ministro busque fortes apoios no congresso para a defesa desse fundamental ministério.

“Bola pra frente”, finaliza Ivan Wedekin.

Ouça a entrevista completa abaixo. 👇

José Luiz Tejon para Eldorado/Estadão.

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Usamos só 2% desse potencial. Por quê? O assunto do agronegócio hoje é a sustentabilidade, o carbono, o metano. Também o combustível do futuro. E quero fazer aqui uma pergunta: “por que uma matéria-prima que está em toda parte, desde um minifúndio até uma grande propriedade agropecuária ou industrial, simplesmente o “lixo” não é imediatamente usada para gerar o biogás, a bioeletricidade, biometano, e biofertilizantes? Apenas 2% desse potencial usamos hoje no país. Algo fácil, barato e sustentável e para todos.
Num artigo extraordinário do economista Roberto Macedo para o jornal Estadão (18.07 – Pág. A4), ele enfatiza: “ocupamos o 3º lugar dos países com maior desigualdade social, atrás da Rússia e da África do Sul, algo que poderia ajudar seria uma forte aceleração do crescimento econômico. O Brasil já chegou a crescer 7% ao ano e, agora, há mais de 4 anos nos conformamos com crescimentos de apenas 2%, onde a sociedade e analistas econômicos projetam essa previsão para os anos futuros”.
Amanhã 16 de outubro celebramos o Dia Mundial da Alimentação. Estamos a quase 1/4 do novo século XXI, e apesar do desenvolvimento científico, tecnológico, da integração de cadeias produtivas produzindo alimentos em abundância e baratos, com distribuição global, ainda contamos com fome, má nutrição, inflação de comida básica, e milhões de agricultores fora dos mercados. Desta forma empreendedorismo e cooperativismo continuam sendo as varas vitais para pescar ao invés de planos que objetivem “dar peixes“.
Não é o Brasil que não cresce. É a inexistência de um planejamento estratégico que não o deixa crescer. O 5º maior país do mundo (porém o maior em km quadrado útil). A 7ª maior população do planeta. A 4ª maior agricultura terrestre (porém a única com condições de dobrar de tamanho com total sustentabilidade). O maior exportador de alimentos industrializados em volume do planeta (mas o 5º em valor agregado), a maior competência do sistema total do agronegócio global no cinturão tropical da terra, mais de 1 milhão de famílias agrícolas cooperativadas, enfim eis aí alguns dados apenas mais voltados ao eixo econômico desse gigante Brasil relacionado aos atuais 30% do seu PIB.
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