CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Muito mais estratégias do que “esquerda x direita”. Precisamos de sábios +80 anos para a governança com sabedoria

Publicado em 22/05/2023

Divulgação
Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Movimento Brasil Competitivo

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, preside do Movimento Brasil Competitivo, em uma entrevista ao Jornal O Estado de S. Paulo (19/5 – página B12) afirmou: “No Brasil ninguém tem condição de resolver os problemas sem a mobilização de todas as frentes. O envolvimento do empresariado no país é insuficiente para ajudar na solução dos problemas macropolíticos. Deveríamos crescer 4% ou 5% ao ano. Está faltando debate aberto, e debater soluções não é se é esquerda ou direita”.

Alysson Paolinelli, liderança que supera o tempo, e que usa sua voz para continuar propondo fortes investimentos na pesquisa agropecuária desvendando segredos dos biomas brasileiros me disse numa entrevista: “não podemos ficar esperando pelo governo, a sociedade civil organizada precisa atuar”.

Roberto Rodrigues, outra sabedoria com experiências internacionais significativas e marcantes, se posiciona: “alimento é paz, o Brasil é o único país que pode atender às demandas identificadas pela OCDE e corroboradas pelo USDA, produzindo quase 50% do que o mundo irá precisar nos próximos 10 anos, e para produzir a paz, necessitamos de paz nos campos”.

Estes sábios com mais de 80 anos têm suas vidas e obras como provas de suas contribuições ascensionais e evolutivas. Ao lado dessas experiências, o Brasil pode reunir mulheres e homens de “juízo” cuja sabedoria já tenha superado a luta dos “egos”, e que compreendam o quão vital é reunir os diferentes como outro sábio dos Estados Unidos nos ensina, prof. Ray Goldberg, criador do conceito de agribusiness, hoje com mais de 90 anos.

Sem a organização da sociedade civil organizada não haverá possibilidade do Brasil crescer, e ficaremos debatendo esquerda x direita, quando, como Gerdau enfatiza: “isso é um troço puramente político”.

Pedro Camargo Neto, outra liderança sábia, cobra o protagonismo dos laços comerciais, por exemplo, durante a atual proposta da nova regra da UE.

CNA preparou um ótimo plano safra, OCB idem, e temos o IPA, Instituto Pensar Agro, Abag, ONG’s, Embrapa, academias, e tem muita gente boa no país.

Mais do que vociferar um contra o outro está na hora de uma sinfonia de sábios, para permitir uma governança dessa orquestra nacional do sistema do agro, com seus impactos de crescimento no PIB brasileiro. Mínimo 5% ao ano. Isso, sim, deveria tomar conta de todos os debates. As reformas serão consequência da estratégia. Sábios dos 80 anos para cima, precisamos de vocês.

E Gerdau ainda disse: “trabalho me faz viver”.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Aqui direto da França, cidade de Nantes, estou ao lado de 40 estudantes internacionais para um master de pós-graduação em gestão de alimentos e agronegócio, na Audencia Business School, em parceria com a Fecap São Paulo. E no final de semana demos uma volta pelos restaurantes da cidade para identificar curiosidades importantes sobre os alimentos e o agronegócio junto aos consumidores finais.
Estou pelo Mato Grosso, agora no Mato Grosso do Sul, e vi um trabalho fenomenal sendo desenvolvido por jovens, e conversei com o sócio fundador de uma iniciativa que faz a polinização da soja, na época da florada, pois soja também dá flor, com abelhas.
Normando Corral, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e do Conselho da Agroindústria (Coagro) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), manda seus cinco fatores sagrados para os presidenciáveis sobre agronegócio.
Na previsão de especialistas poderíamos em 7 meses iniciar a produção nacional, com o princípio ativo ifa, para 400 milhões de unidades e nunca mais terminar esse processo.
© 2024 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite