Eldorado/Estadão - “Plano Safra com seguro rural e cooperativismo pujante”, Tânia Zanella.
Publicado em 30/06/2025
Divulgação
Estou em Brasília, com Tânia Zanella, presidente do Instituto Pensar Agro (IPA) que reúne cerca de 60 entidades de todo o agronegócio brasileiro e estamos em um momento pré-Plano Safra, que impacta todo o agronegócio do Brasil e todo o país.
Perguntei a Tânia qual a expectativa que o IPA tem em relação ao Plano Safra 2025/2026 e ela me respondeu: “realmente a nossa expectativa está muito grande. Afinal de contas a gente só representa, com certeza, a expectativa de todo produtor rural que também está aguardando o anúncio do Plano Safra agora 2025/2026. Nós apresentamos para a Frente Parlamentar da Agropecuária todas as propostas do setor, não só das linhas que nós entendemos importantes para o setor, como linhas de custeio, de desenvolvimento para projetar o nosso setor agrícola. Entregamos também para a FPA expectativas de taxas de juros. Nós temos uma realidade, obviamente, de uma Selic de 15%, mas entendemos também a necessidade de avançarmos em um recurso equalizado que tenha uma taxa atrativa ao produtor rural. E também um outro ponto, que nós elegemos extremamente importante e prioritário é o tema do seguro agrícola. O seguro que hoje é crucial para o agricultor. Nós percebemos intempéries cada vez mais recorrentes e a necessidade do produtor ter uma segurança no campo. E esse pedido foi feito considerando 1% apenas do valor global do Plano Safra. Então é um pedido que nós entendemos justo, necessário e que pode levar, sim, um pouco mais de tranquilidade ao nosso produtor. Então nós sabemos das dificuldades, percebemos todo o cenário econômico, mas nós temos, sim, uma expectativa grande que o Governo vai considerar esse setor que vem crescendo, apresentando sempre crescimento e também um setor em que nós estamos pedindo nesse total do Plano Safra, apenas 4% da roda total do setor. Porque sabemos que o agro brasileiro movimenta, dentro de todo o seu arcabouço, 1 trilhão e 300 bilhões de reais. Então o que nós estamos pedindo ainda é muito pouco próximo ao que o agro entrega para o Brasil. Então a expectativa é grande, e esperamos, de fato, que o Governo esteja debruçado e atendendo um poucos das nossas expectativas”.
Sem dúvida, muito importante um bom Plano Safra e o ministro tem se pronunciado que pode ser um Plano Safra recorde. Esperamos que sim. Esse 1 trilhão e 300 bilhões que Tânia mencionou se multiplica por mais outros tantos no antes e no pós-porteira das fazendas.
Perguntei a Tânia, se ela como superintendente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), como vai esse setor e ela me disse: “Estamos às vésperas para apresentar a toda sociedade brasileira o nosso Anuário Brasileiro do Cooperativismo, um cooperativismo que tem, sim, não só cuidado da vida das pessoas, mas tem se apresentado como uma oportunidade de minimizar as crises, seja ela econômica, política e social. O cooperativismo hoje está com 4.500 cooperativas em todo o Brasil, em oito ramos, já que no final do ano passado o Sistema OCB aprovou a possibilidade agora das cooperativas atuarem no Brasil sob o modelo de seguros e um modelo que no exterior, fora do nosso país, é o modelo mais forte do cooperativismo, é o mais pujante que temos. Então uma expectativa muita grande desse setor e que hoje nós chegaremos a 25 e 27 milhões de brasileiros hoje envolvidos, e dentro dos nossos 8 ramos de cooperativismo, e provavelmente vamos apresentar um movimento financeiro próximo aos 700 bilhões de reais, lembrando que esse movimento não é econômico. Com certeza esse movimento é de prosperidade, porque as cooperativas geram prosperidade onde estão inseridas”.
Muito bom, sou um apaixonado pelas cooperativas, e essa semana estamos na Semana do Cooperativismo e no Ano Internacional do Cooperativismo.
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.