CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Seguro rural num mundo de mudanças climáticas é essencial. PSR precisa ter prioridade total

Publicado em 23/01/2025

Divulgação
Tirso Meirelles, presidente da Faesp.

A Faesp – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e federações do agro pedem que o veto de R$ 4 bilhões reinvidicados pelo setor, para o orçamento do seguro rural, seja revertido.

Recebi do presidente da Faesp de São Paulo, Tirso Meirelles, e também do presidente interino da FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Ágide Meneguette protestos ao veto presidencial do presidente da República ao dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 que protege o orçamento do seguro rural de cortes. Segundo os presidentes das federações que ouvi, essa decisão coloca em risco a estabilidade do agronegócio e a segurança alimentar do país.

Tirso Meirelles da Faesp acrescenta: “as alterações climáticas estão exigindo cada vez mais atenção aos produtores rurais, que vivem as incertezas sobre suas colheitas. Vimos no último ano secas, chuvas extremas, geadas e incêndios que afetaram a produção, e em alguns casos continuarão afetando este ano. O seguro rural é essencial, continua o presidente da Faesp, Tirso Meirelles, para garantir a continuidade da produção agrícola e manter o Brasil entre os maiores produtores globais de alimentos”.

No final da semana passada o USDA, departamento de agricultura dos Estados Unidos, que monitora safras no mundo inteiro apresentou um relatório com diminuição das safras dos Estados Unidos em soja e milho.

Eu falo agora, do Mato Grosso do Sul, onde há uma perspectiva de safras boas até aqui, porém a incerteza climática está presente hoje em toda e qualquer conversa com produtores rurais do país.

Aqui, em uma reunião com cerca de mil agricultores, só há uma certeza: a incerteza climática.

E ao questionar aqui também como está o seguro rural, o que escuto é o de que a maioria não faz, pois é muito caro e há uma legítima solicitação de uma real política pública sobre o seguro rural, pois não é justo agricultores arcarem por sua conta e risco com essa atividade a céu aberto.

Corte de verbas para o Programa de Seguro Rural (PSR) é considerado um gravíssimo erro estratégico pelas lideranças rurais e pedem tratamento prioritário desse fator essencial pelo Congresso Nacional, e que esse veto presidencial seja revertido.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Com revisão dos números em 2021, o PIB da agropecuária cairá 1,2% ao invés de crescer 1,2%. Conforme aponta o Ipea, Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada, fundação pública federal vinculada ao Ministério da Economia. Isso se deve a revisão de contas do IBGE sobre os dados de 2020, que na verdade cresceu 3,8% e não 2% como havia sido contado antes. Portanto, a base comparativa com 2020 mudou.
Em um momento em que o mundo vive uma grave crise energética em função dos aspectos todos envolvendo o combustível fóssil, o petróleo, o Estado de São Paulo criou um plano que pode ser um exemplo para o Brasil e para o mundo. Um plano de transformação do lixo, dos desejos, da biomassa em biometano.
As secretarias da agricultura e abastecimento e de meio ambiente, infraestrutura e logística assinaram uma resolução conjunta que normatiza o licenciamento ambiental, a partir da Cetesb, para estimular a geração de energia de biogás/biometano nas propriedades e indústrias agrícolas. O Estado de São Paulo já é o maior produtor de energia solar do país.
O maior negócio do país é o agronegócio. Na soma do antes, dentro e pós porteira das fazendas vamos para cerca de 30% do PIB do país.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite