CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Sucessão rural é gigantesco desafio para as cooperativas

Publicado em 26/04/2024

Divulgação
Estou no Rio Grande do Sul, cidade de Santa Rosa, dentro de uma das mais evoluídas cooperativas da região que produz trigo, soja, milho e leite, a Cotrirosa.

Estou no Rio Grande do Sul, cidade de Santa Rosa, dentro de uma das mais evoluídas cooperativas da região que produz trigo, soja, milho e leite, a Cotrirosa. Aqui, no seminário do leite, além da disseminação da ciência e de tecnologias contemporâneas para seguir adiante nessa vida de pecuária leiteira, uma grande presença de jovens, estudantes de cursos técnicos da região vestindo camisetas com a inscrição “Sucessão rural passa por aqui”.

As cooperativas reúnem hoje mais de 1 milhão de famílias agrícolas cooperadas. Produzem cerca de 55% de toda produção agropecuária nacional e a luta das lideranças está em motivar e trazer filhas e filhos dos cooperados primeiro para a consciência cooperativista. Então a união de todos para o bem comum. E depois motivarem jovens a se dedicar à velocidade das mudanças da ciência, o seu uso correto e dar dedicação, tempo de vida, para os desafios da moderna gestão rural hoje cheia de sensores, softwares, robôs e inteligência artificial.

Isso tudo poderia ser um atrativo natural para os jovens, e é por um lado, pois a força física é substituída pela força da mente e mesmo assim são dois tipos de forças que exigem compromisso, entrega e muito amor à causa, aos animais, a propriedade, a família, ao meio ambiente.

Neste encontro na Cotrirosa ouvi que apenas 30% das propriedades agrícolas têm um programa de sucessão e também ouvi os jovens que por outro lado os pais são muito autoritários e não abre espaço para os filhos assumirem responsabilidades.

Mas, de qualquer forma, a iniciativa que assistimos em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, merece elogios, pois os conhecimentos científicos são compartilhados e professoras e professores entusiasmam os jovens para assumirem as sucessões rurais. E falta mão de obra! Gente motivada para trabalhar não apenas no campo, mas com administração, gestão, operação desse moderno agro.

E fica aqui um registro sensacional, por outro lado jovens do Sesi de São Paulo terem vencido o maior torneio de robótica do mundo. Conquistaram o primeiro e o segundo lugar no First Lego League. O Brasil no topo da robótica educacional e o novo agro tem tudo a ver com a robótica.

Portanto, temos juventude talentosa e brilhante, precisamos dar muito mais visibilidade para essas iniciativas concretas no campo e na cidade.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Temos nos inspirado e procurado ao agro inspirar sobre um papel brasileiro no combate à fome, não apenas nos mercados, cujo sinônimo é “gente com dinheiro para comprar”. Mas também para seres humanos que precisam se alimentar e não têm dinheiro para comprar. A filantropia.
2 de julho, Dia Internacional do Cooperativismo. A fórmula da evolução humana na terra, criada a partir do sofrimento, das circunstâncias indignas de vida.
A nova novela das 21h da Globo, Terra e Paixão, não é carioca, paulistana, ou de nenhuma grande capital urbana do país. Está ambientada em “Nova Primavera”, (cenas gravadas em Dourados, Deodápolis e estúdios), no Mato Grosso do Sul. Muito além de agronegócio, uma legítima “agrossociedade”.
A Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas e o Copernicus, da União Europeia, divulgaram alertas voltados à saúde, economia e as geleiras. O estudo aponta para uma temperatura europeia atual 2,3 graus centígrados maior do que no período pré-industrial, enquanto no mundo o crescimento da temperatura foi de 1,3 graus centígrados.  Esse relatório estabelece um alerta vermelho, de que o mundo não tem feito o que precisaria ser feito para a luta anti-aquecimento planetário.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite