CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - “Uma Petrobras líder mundial em energia renovável, zoneamento ecológico e econômico dos biomas brasileiros”, fala de Ciro Gomes na Fiesp

Publicado em 22/07/2022

Divulgação Fiesp
Ciro Gomes falou na Fiesp sobre plano de governo se for eleito presidente da República

Nesta quinta-feira (21) a Fiesp iniciou uma série de encontros com os presidenciáveis. E Ciro Gomes foi submetido a uma série de questionamentos, e um deles envolvendo meio ambiente, sustentabilidade e Amazônia.

Abordou que existem 40 milhões de brasileiros na Amazônia, migrantes de outros estados, principalmente nordestinos e gaúchos, que foram para a Amazônia no passado, quando era obrigatório desmatar para receberem o título da terra. De repente isso virou crime inafiançável. E segundo Ciro Gomes Amazônia ficou tomada pelo crime.

Ciro Gomes ressaltou que houve um desmonte das instituições que serviam de anteparo contra o crime, como o Ibama e que num estado como Amazonas, do tamanho da Espanha e de Portugal e parte da Itália existem apenas duas delegacias da polícia federal.

É necessário reverter essa condição e o candidato disse que, se eleito, transformaria a Petrobras na maior empresa de energia renovável do mundo para aproveitar todo conhecimento brasileiro nos biocombustíveis, pois isso colocaria o Brasil numa vitrine extraordinariamente positiva no mundo, a agroenergia.

Ciro Gomes na Fiesp afirmou que, apesar de termos autoridade para tratar do item sustentabilidade, estamos desmoralizados pelas ações do desmanche dos órgãos que atuavam, e por discursos controversos do atual governo.

“Precisamos atuar no desafio climático com uma indústria de alta tecnologia envolvida”, afirmou. Descarbonização do planeta é um fato e isso, segundo Ciro Gomes, “exige um plano amplo incluindo os estudos da Embrapa de integração lavoura pecuária e florestas e um plano precisa ter metas, objetivos, controle, métricas, supervisão e comprometimento”.

E o presidenciável afirmou que, se eleito, fará um zoneamento econômico e ecológico de todos os biomas do país. Esse estudo contaria com a participação das populações locais, da academia, de institutos especializados e que também envolveria academias de outros países.

Será preciso educar a população a novos hábitos de negócios e cita como exemplo que a madeira da Teka é muito mais lucrativa do que uma árvore de mogno nativo. Mas tudo isso precisa ser alvo de um grande plano de educação na região.

Um estudo profundo para conhecimento dos biomas brasileiros, são 6: pampa, Mata Atlântica, pantanal, cerrado, caatinga e amazônico. Sem dúvida é um ponto inicial crucial. E isso acompanhado da visão econômica e da responsabilidade social com credibilidade internacional separando o legal do ilegal. Precisará ser feito.

Mas o problema é antigo, sendo um grave perigo para o agronegócio brasileiro a omissão e não enfrentamento dessa questão.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

 

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