CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Voz de líder: Teresa Vendramini, presidente da SRB, destaca educação dentre outros pontos vitais para planos do agro aos candidatos

Publicado em 25/04/2022

Divulgação SRB
Teresa Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB)

Teresa Vendramini, a Teka, primeira mulher a presidir a Sociedade Rural Brasileira (SRB), acumula ainda outras missões no setor além de produtora rural. Ela preside o Comitê de Política Agrícola do Instituto Pensar Agro (IPA).

Dentro da nossa sequência de ouvir a voz de líderes das cadeias produtivas do agro, ouvimos da “Teka“ diversos pontos já colocados no manifesto SRB, à disposição no site da entidade, mas captamos cinco aspectos que desejamos enfatizar aqui no Agroconsciente.

1 - Educação: a alma de toda a prosperidade. E como Teresa Vendramini coloca: é preciso incrementar inovações e tecnologias, sem isso não crescemos na produtividade. A SRB defende a extensão rural, jamais esquecendo dos pequenos e médios produtores do país.

2 - Regularização fundiária. Sem dúvida, quando olhamos para o meio ambiente, o Código Florestal Brasileiro, sobretudo na Amazônia, milhares de produtores rurais, sobretudo pequenos e médios, vivem desassistidos por não possuírem a titulação das terras. E aí onde a lei não chegou, o crime domina, e mistura o bem com o mal. Regularização fundiária é essencial para punir o crime e o ilegal.

3 - Crédito agrícola. Teresa Vendramini hoje na presidência do Comitê de Política Agrícola do Instituto Pensar Agro (IPA), defende a necessidade do crédito agrícola ser prioritário e não poder ficar como agora trazendo incertezas para a nova safra 2022/23, sujeito a disputas políticas na guerra pelo orçamento.

4 - Segurança jurídica. Este ponto é hoje, de longe, um dos mais presentes como ponto de preocupação dos produtores rurais, e poderíamos acrescentar dos demais elos das cadeias produtivas, pois para avançarmos em rastreabilidade, block chain desde os “QRCodes” nas embalagens dos consumidores até os originadores nos campos, águas e mares, é necessário um arcabouço institucional legal, uma praticamente constituição do setor.

5 - E como 5º item destacado aqui no Agroconsciente, Teresa Vendramini abordou a importância da imagem do setor, item este presente até agora em todas as manifestações ouvidas por todos os diferentes líderes. E a Teka fala da importância do agro se comunicar com a sociedade consumidora,com o que concordamos totalmente e este é um dos papéis centrais aqui do Agroconsciente no Jornal Eldorado. E sobre este item, a Teka chama para a responsabilidade do próprio setor, que não deve esperar pelo governo em si.

Na íntegra abaixo, o texto de Teresa Vendramini e o Podcast do Agroconsciente:

“Bom dia Tejon, tudo bem? Obrigada por me convidar. Eu fiz algo em primeira mão pra você. Refiz o meu time, pensamos um pouco nas diretrizes que são básicas da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e você vê segurança jurídica, mas tem algumas coisas que a nossa diretoria tem trabalhado também que é a questão da educação que tem muito a ver com a proximidade e o olhar que eu tenho com os produtores rurais e, principalmente, os pequenos produtores rurais no Brasil. Outra coisa que eu considero muito relevante e outra pauta que eu tenho acompanhado no Brasil, até em viagens, é a regularização fundiária. Eu estive em assentamos, alguns em entrega de títulos. Eu tenho falado muito também em crédito agrícola, essa dificuldade esse ano e falta de recursos que estamos agora para o Plano Safra 2022/2023 e em segundo o clima. E agora eu estou representando e sou presidente do Comitê de Política Agrícola do IPA (Instituto Pensar Agro), que faz pouco tempo, alguns meses. Estou tocando, o Célio Porto me ajuda muito, junto com o Ministério da Economia e aqui tem outro comitê e outro no MAPA. Então pra mim,Tejon, está sendo um aprendizado muito grande, um desafio para lhe falar a verdade, e já faz uns meses que eu estou tocando e aprendendo e vendo a importância desses comitês. Parece que são os três mais relevantes do Brasil e a Rural, está e eu estou representando nesse aí. E tem outras coisas que eu estou falando muito, além da regularização fundiária, a jurídica é o mais importante para o produtor rural, onde eu ando, onde eu converso, é isso aí que o produtor fala, é a primeira a regularização ambiental que é uma pauta. Já está no nosso Manifesto o Código Florestal, questão indígena, que é muito relevante e importante. A Rural acompanha. Eu tenho encontrado alguns candidatos, em off, nós estamos esperando pra que sejam mesmo os candidatos reais para receber na Rural, mas tenho encontrado com vários e tenho tido essa fala que eu estou falando com você. E no seu artigo você fala de estrutura e logística, e a importância disso aí para o agronegócio e como eu já falei a educação e os pequenos produtores rurais. Isso é uma coisa minha. Agora nós temos um desafio, que é nosso, de que não passa por nenhum político que é a imagem do agronegócio que essa é nossa e eu falo que vem no peito,Tejon. O que eu tenho feito em relação a isso é aproveitar todas as oportunidades que eu tenho tido para falar fora do agronegócio. Isso é relevante pra mim e tenho sido bastante convidada. Acho que é essa a ponte para mostrar um pouco a nossa história. Eu falo que eu vim aqui contar a nossa história e está sendo bacana. Mas isso, de novo, eu falo que é nossa história e temos de jogar essa bola. Amigo, estou na roça e daqui a pouco estarei na Agrishow. Grande abraço”, Teresa Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB).

José Luiz Tejon para a Eldorado, Estadão.

Também pode interessar

Radicalismo, ódio, extremismo nunca deu liga com o Brasil. O Brasil não é perfeito. Como nada na terra é. Temos muito para aperfeiçoar, inclusive nas relações humanas e também em preconceitos. Porém se tem um que não pega aqui, nunca pegou e jamais pegará é o de imaginar ódio de sangue entre brasileiros por ilações místicas, ideológicas radicais. Brasil nunca foi comunista e muito menos nazista ou fascista.
O Presidente Emmanuel Macron, da França, desconhece nossa agricultura e crítica acordo UE Mercosul, e falta ênfase no plano 40 milhões ha de pastagem degradada virando sustentabilidade. Mas, porém, todavia, contudo... Enquanto temos a melhor agricultura regenerativa do mundo, a Amazônia tem 22 facções criminosas no crime ambiental (Oesp 3/12, A-21), logo damos chance a acusações associando nosso agronegócio com práticas abusivas anti-ambientais, misturando o joio com o trigo.
Entrevistei a nova presidente da Embrapa, pela primeira vez uma mulher, doutora das Ciências da Computação, Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá. Ela aborda os compromissos com todos os agricultores do país de todos os portes incluindo o combate à pobreza e desigualdades. Fala de uma Embrapa plural e democrática e com muita consciência das transições nutricionais, energéticas, e ambientais com as mudanças climáticas.
Hoje, 12 de maio, é um marco histórico no avanço das cidades com consciência de sustentabilidade, incluindo um agroconsciente, onde sabemos que a agricultura local e vertical fazem parte da melhoria da qualidade de vida com implicações positivas na saúde em todos os aspectos, ambiental, mental e física dos habitantes. Em Itu, com apoio do prefeito Guilherme Gazzola, abertura do ex-ministro Roberto Rodrigues e presença do Agroconsciente da Eldorado, Maria Beatriz Bley, presidente do Green Rio América Latina lança o movimento “o mosaico da bioeconomia” para irradiar em todo o Estado de São Paulo.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite