Rádio Eldorado/Estadão - Danone Brasil cria projeto Flora: fortalece relações com o agro brasileiro!
Publicado em 19/12/2025
Divulgação
Tejon e Camilo Wittica, vice-presidente da Danone Brasil
O acordo União Europeia e Mercosul não foi assinado e uma nova proposta de postergação ficou combinada. Quatro países da União Europeia, em meio a 27, não aceitaram. A França, Itália, Hungria, Polônia. Fortemente oposição na França com manifestações nas ruas, conflitos com a polícia dos agricultores exigindo proteção e quero dizer que não existe nada no mundo mais protegido do que os agricultores europeus, com subsídios gigantescos e brutais e, de verdade, eles estão sendo manipulados por polarizações políticas porque quem mais precisa hoje desse acordo é exatamente a União Europeia como afirmou o ministro da Espanha, o de Portugal e é o pensamento de 23 dentre 27 países.
Portanto, mais uma vez, postergação ao longo de 26 anos de debates para um tema que seria bonito para o mundo neste instante. Então, independente disso, eu ouvi o vice-presidente da Danone no Brasil, Camilo Wittica, a respeito de relações cada vez mais intensas desta grande corporação internacional de lácteo francesa com os agricultores brasileiros. Fica pelo menos aqui um alo de consolo positivo das relações que podemos desenvolver entre os nossos agricultores com corporações internacionais como é o caso da francesa Danone.
Camilo Wittica me disse: “Nossa missão é levar saúde através da alimentação ao máximo de pessoas possíveis. Dito isso, o nosso portfólio sempre foi voltado para esse setor. Os lácteos, principalmente, trazem muito proteína. Hoje se fala muito em longevidade. Como conseguimos trazer a longevidade a um preço acessível à população? Através de uma cadeia de leite estabelecida, com qualidade no produtor. Por isso nós temos uma construção muito grande com os nossos fornecedores (as), principalmente o produtor (a). Hoje nós temos um projeto que se chama Flora, muito legal porque leva tecnologia aos pequenos produtores na bacia leiteira no sul de Minas Gerais para que eles possam entregar um leite de melhor qualidade. Isso é muito importante, ou a cada dia se torna mais importante, por causa das mudanças climáticas. É importante a resiliência e adaptação e é por isso que esse projeto para mim é um projeto que faz a diferença”.
Perguntei a ele como a Danone vê o desenvolvimento na originação do leite e na indústria no Brasil e ele me respondeu: “A indústria de leite no Brasil é pouco sofisticada em termos de conhecimento. Então o que tentamos levar é mais tecnologia e inovação. Os estados, o Governo brasileiro, têm muita coisa à disposição e nós também, através no nosso conhecimento, criamos uma gestão, um ecossistema que levamos uma série de iniciativas. Eu vou dar, por exemplo, uma compra centralizada de insumos com preço reduzido, é uma gestão adequada de manejo, banco genético, uma série de atributos que juntos criamos um ecossistema e isso muda. A média brasileira hoje é de mais ou menos 6 litros por animal. Quando alguém entra em nosso programa, a meta bate em 23 litros, em alguns casos até 26 litros. Isso é uma mudança substancial”.
Lembrando que a Danone recebe estudantes do Brasil e do mundo, na França, para o MBA em agronegócio da Audência Business School com a FECAP. E Camilo Wittica nos revelou ainda as relações de integração e desenvolvimento de esforços conjuntos para reunir produtoras e produtores no caso, do leite, no Brasil com essa grande corporação láctea internacional e isso vai mostrando que é inexorável a união do setor agroindustrial com o setor agrícola e isso vai acontecer independente de fronteiras.
Mais uma vez postergaram o acordo Uniao Europeia e Mercosul e vamos aguardar os próximos dias e os próximos desfechos.
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.