Rádio Eldorado/Estadão - Evento Plasson alerta “Ciclo de alta na avicultura e suinocultura exige atenção do setor”
Publicado em 10/12/2025
Divulgação
Tejon e Franke Hobold, CEO da Plasson Brasil
Franke Hobold, CEO da Plasson no Brasil, ressaltou o crescimento da empresa em 2025, 43%, do setor também, mas alertou para a administração dos ciclos dentro do agronegócio.
Reunião latino-americana da empresa de equipamentos para o setor suinícola e avícola, corte e postura, Plasson, em Foz do Iguaçu, apresenta o ótimo desempenho do ramo das carnes de frango, suínos e de ovos em 2025. Inclusive organizações como a Pluma Agroavícola revelaram maiores vendas de pescado, tilápia resfriada para os Estados Unidos apesar do tarifaço.
O Brasil em frango é o 3º maior produtor porém o maior exportador, atuando em 140 países. Em suínos o Brasil é o 4º maior produtor e é o 4º maior exportador.
A tonelagem de frango deve crescer em 2025 atingindo cerca de 15,6 milhões de toneladas, e um consumo percapita muito alto de quase 50 kg per capita ano. 30% é exportado para mercados como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes, África do Sul.
Suínos produzimos 5,5 milhões de toneladas, também exportando cerca de 30%. Sendo que o brasileiro dobrou o consumo per capita da carne suína saindo de 10 kg há 12 anos e atingindo quase 20 kg per capita em 2025. Isso se deve também a um ótimo trabalho de promoção da carne suína da ABCS junto aos supermercados do país.
A notícia neste instante que vai impactar as exportações da proteína suína está na peste suína africana detectada na Espanha e Taiwan. As Filipinas já suspenderam as importações desses países. Esse lado negativo para suinocultura europeia vai aumentar a demanda de suínos do Brasil.
E no aspecto sanitário temos superado de forma positiva e diferenciada comparado aos nossos concorrentes como Estados Unidos e Europa, como no exemplo da gripe aviária recente numa granja industrial de Montenegro no Sul, e da mesma forma na suinocultura. Saúde cada vez mais sinônimo do agronegócio.
A principal conclusão dos executivos e líderes latino-americanos neste encontro em Foz do Iguaçu é para atenção aos ciclos de alta que são seguidos de ciclos de baixa. Portanto, a qualidade da gestão financeira de produtores e agroindústrias foi o alerta. O setor deverá continuar em alta em 2026. Os avanços tecnológicos são intensos, inclusive com total tecnologia digital nos galpões que, em breve, serão lançados.
Bem-estar animal é outra exigência no ramo, e segurança sanitária, saúde. Neste sentido o Brasil tem dado exemplo para o mundo, tanto na gripe aviária, quanto nas doenças suínas.
De olho nos ciclos foi o recado essencial de Franke Hobold dirigente da Plasson com experiência de 45 anos na avicultura e suinocultura já apontando meta de crescer 27% em 2026. Nir Bracha, diretor da divisão animal da Plasson Israel, também esteve presente ressaltando a importância dos serviços para sucesso dos clientes da proteína animal, a nível global.
Avicultura, suinocultura, postura, boas perspectivas latino-americanas.
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.