Rádio Eldorado/Estadão - FAESP inova na articulação do agro paulista
Publicado em 13/10/2025
Divulgação
Estou com o Tirso Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), e perguntei a ele quais as ações estratégicas que estão sendo realizadas esse ano e ele me disse:
“Hoje um dos pontos mais importantes que nós estamos trabalhando efetivamente no agronegócio de São Paulo é a calculadora do CO2. Nós levamos pessoas credenciadas com o GHG Protocolo onde ele faz um laudo daquela propriedade e verifica se ele está retendo mais CO2 ou se ele está gastando mais CO2 e esse laudo nós fazemos uma planilha para que ele possa reduzir ou absorver o CO2. Esse é um ponto muito importante além dos Centros de Excelência que nós estamos fazendo para que nós possamos manter o homem e a mulher no campo e agregando valor para eles nos produtos deles, para que possa virar um produto gourmet, para que possamos sem dúvida nenhuma dar as condições de rentabilidade para ele se manter no campo”.
Também perguntei a ele sobre o biogás, biometano e bioenergia e ele me respondeu: “Esse nós vamos inaugurar praticamente em maio, março e abril de 2026 em Ribeirão Preto, na Avenida da Saudade, onde estamos levando todo o conceito da cadeia produtiva da cana-de-açúcar e da melhoria da mão-de-obra que utiliza todas as máquinas como também o biogás para que possamos utilizar das propriedades que existem nos subprodutos para utilizar o biogás dentro da propriedade”.
Comentei também com o presidente da FAESP a agregação de valor e o setor agroindustrial colado e irmanado com a agricultura e perguntei se existe alguma ação nesse sentido. Ele contou que: “Sem dúvida nenhuma essa ação é fundamental. Quando se faz um levantamento de uma propriedade, ela tem uma vocação. A propriedade regional também tem a vocação. Ao você reunir o pessoal, fazer uma associação, uma cooperativa, você consegue fazer as cadeias produtivas do agro local. A partir daí você aumenta a produção, a produtividade, e levamos a agroindústria para que ela possa realmente fazer daquele produto um agregador de valores, para que realmente possa trazer renda aquele produtor, aquela comunidade para deixar a renda no município, na região, e gerar emprego e renda”.
Finalizei a entrevista com Tirso Meirelles perguntado a ele sobre a COP-30 e ele me disse: “Estaremos lá com uma parceria muito grande com a CNA, com o Senar, com as federações. Vamos estar com um grupo grande lá na primeira semana levando todo o conceito de todas as melhorias contínuas, principalmente o jardim filtrante que estamos fazendo, que são as águas escuras das propriedades rurais que seria o esgoto, nós utilizamos essas águas, lipidamos elas, para jogar no rio sem poluição ou fazer irrigação com a própria utilização dessas águas. Então são exemplos magníficos de recuperação de sustentabilidade tão importante que o agro brasileiro tem”.
Muito obrigado Tirso e sucesso com a COP-30!
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.