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DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - 3 mil mulheres irão debater como dobrar o agro de tamanho com sustentabilidade no CNMA 2023.

Publicado em 24/03/2023

Divulgação CNMA
Nesta quinta-feira (23), a diretora do Transamérica Expocenter, Renata Camargo, apresentou os objetivos e metas do 8º CNMA

Nos dias 25 e 26 de outubro no Congresso Nacional das Mulheres do Agro (CNMA) o tema deste ano envolverá os desafios para dobrar o agronegócio brasileiro de tamanho com sustentabilidade e ainda propiciando obtermos uma “marca brasileira” desta proposta perante o mundo.

Ontem, em São Paulo, Renata Camargo diretora do Transamérica Expocenter apresentou os objetivos e as metas deste que será o 8º Congresso, idealizado numa parceria entre Transamérica Expocenter e a Associação Brasileira de Agronegócio (Abag).

Levar uma visão de futuro para a próxima década, aproveitamento da potencialidade brasileira de terras, tecnologia, recursos humanos, pesquisa e de um posicionamento mundial como solução agroalimentar, agroenergética e agroambiental do planeta está resumido no tema chave: “Dobrar o agro de tamanho com sustentabilidade - a marca brasileira”.

Serão 8 painéis, onde no primeiro com Thais Vieira, primeira mulher diretora da Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (Esalq), terá a missão de mostrar os números possíveis dessa meta, onde o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apresenta hoje dados do agro que representam cerca de 30% do PIB do país. Aproximadamente US$ 500 bilhões na soma das suas cadeias e onde deveremos buscar US$ 1 trilhão com as demandas mundiais e nacionais existentes no complexo do sistema do agronegócio do antes, dentro e pós-porteira das fazendas.

Acreditamos que o verdadeiro impacto positivo no PIB do Brasil será advindo dessa visão e de um planejamento estratégico para esse fim, desde o A do abacate até o Z do zebu com genética, mecanização, irrigação, sinal de telecomunicação, digitalização, fertilizantes, bioinsumos, química e um repensar da Embrapa e do sistema de pesquisa nacional para os próximos anos. E da mesma forma com um papel de agregação de valor desde a agroindústria familiar, até as grandes corporações empresariais e o cooperativismo brasileiro, integrando ao lado de produtoras e produtores rurais a indústria, o comércio, e todo setor de serviços.

Paula Packer, hoje chefe da Embrapa Meio Ambiente, trará no primeiro painel a visão da sustentabilidade, do meio ambiente como uma perspectiva de oportunidades para todos os biomas do Brasil e como instrumento de alavancagem econômica e contribuição decisiva para a construção da tão desejada “marca brasileira” de alimentos, energia, ambiente, seguros e comprometidos com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, e práticas ESG, governança da sustentabilidade e responsabilidade social.

Uma pesquisa de percepção da imagem brasileira na Europa, ponto central da opinião pública mundial será proposta neste 8º CNMA com vários stakeholders em pelo menos 3 países europeus, objetivando identificar pontos negativos, positivos e aqueles ainda não percebidos que podem se transformar em pontos fortes de empatia da marca brasileira com consumidores do mundo.

Outros painéis irão tratar das mulheres na liderança, como exemplos Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; no Rabobank, Fabiana Alves; Andrea Sambati na Boehringer, Danielle Torres na KPMG; Gislaine Balbinot, diretora executiva da Abag e muitos outros exemplos crescentes hoje significando 27% de cargos de liderança, 34% em fazendas, aumento de 8,3% da presença feminina no campo entre 2004 e 2016 e acelerando, cresceu a presença feminina 13,3% entre o 3º trimestre de 2020 ao 3º trimestre de 2021 tendo como fonte o Cepea da Esalq.

Painéis outros como saúde mental e inteligência emocional; corporações e cooperativas e as práticas ESG; a gestão das modernas fazendas; os desafios da pesquisa e a Embrapa descobrindo um novo Brasil pleno de microbiomas; agroenergia e biogás; saúde, sabor e as indicações geográficas brasileiras reunindo agroindústria familiar com agricultura familiar, pelo Sebrae; e a voz do agro brasileiro no mundo, o que falar, quem e como, criação da estratégia positiva da marca brasileira. Hubs tecnológicos também acontecerão sobre gestão de solos e plantas; defesa e saúde vegetal e animal; mecanização e irrigação; e segurança genética animal e vegetal.

A energia feminina é uma constante nos congressos das mulheres onde também tem atuado como aceleradoras das inovações. Dobrar o agro brasileiro de tamanho com sustentabilidade e isso propiciar uma marca brasileira desejada na sociedade nacional e no mundo será o ponto de apoio deste 8º CNMA, dias 25 e 26 de outubro no Transamerica Expocenter. Que possam inspirar o país inteiro.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

 

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