CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Ao invés de dar comida, vamos incluir milhões de brasileiros na produção e venda da comida, e com Biogás Brasil

Publicado em 07/01/2022

TCA
Biogás

Precisamos tanto de energia, eletricidade, combustíveis quanto nos credenciarmos no potencial mercado do carbono zero. O alimento, fibras, madeira, a energia e a eletricidade do futuro serão parte inexorável do meio ambiente. Portanto, o Brasil em todos os seus 6 biomas, pampa, mata atlântica, pantanal, cerrado, caatinga e Amazônia possui essa riqueza no solo, nas águas e nos ares.

Sobre o biometano, previsto no Plano ABC+, agricultura de baixo carbono que objetiva acrescentar mais 50 milhões de hectares aos 50 milhões já existentes, tem no biogás uma fortíssima referência e importância.

Poderemos não apenas sustentar as operações dentro do agronegócio, nas usinas de cana, na agropecuária, e mesmo na agricultura com todos os seus resíduos, no tocante a bioeletricidade como biocombustíveis a partir de biodigestores produzindo gás natural e renovável que pode ser exportado para as redes elétricas da região, como também produção de biometano combustível.

Já temos tecnologias de biometanização dos motores como acompanho, por exemplo, na MWM. As inovações já existentes precisam ser adaptadas com velocidade no país. Este assunto está também diretamente ligado ao combate à fome.

A miséria rural é sempre mais severa do que a urbana, e os dados de 2021 mostram que as famílias rurais que vivem fora dos mercados são as que mais perderam renda e qualidade de vida. A fome no Brasil está mais associada a pobreza e miséria e distanciamento da base da pirâmide social da possibilidade de ter renda do que produção agropecuária.

Porém, existe uma má distribuição não da comida, mas da competência para produzir, comercializar, industrializar e prestar serviços a partir do que podemos extrair dos campos, mares e ares do Brasil. Basta ver onde temos cooperativas bem lideradas e como pequenas famílias agrícolas vivem com excelente, renda e dignidade de vida.

Desta forma, para 2022, de olho nos planos das candidaturas. Vamos cobrar planos competentes envolvendo o agronegócio, pois além de significar 1/3 do PIB do país, podendo duplicar de tamanho, significa agrocidadania, renda, eliminação da fome sem precisar dar comida, ensinando a produzir e vender, isso sim.

Não existe país subalimentado, existe país subadministrado e liderado.

2022, ano da grande agroconsciência.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

 

Também pode interessar

No Congresso da Apas 2022, em São Paulo, os supermercados pedem evolução nas relações humanas com o tema: “o essencial é humano”. De 16 a 19 de maio no Expocenter Norte, em São Paulo, ocorre o Apas Show, a maior feira de bebidas e alimentos das Américas.
Enquanto aqui na França ao lado de uma juventude internacional no FAM Food & Agribusiness Management, mestrado com diplomação dupla europeia e brasileira, aprendemos sobre as oportunidades existentes nos diversos continentes do planeta, aparece na mídia as invasões de três áreas de cultivo de eucaliptos da Suzano Papel e Celulose na Bahia.
Nesta semana dois especialistas, competentes e sábios do ecossistema do complexo do agronegócio brasileiro tiveram uma convergência importantíssima com a mesma visão: Roberto Rodrigues, indicado agrícola para a COP-3- e embaixador Rubens Barbosa.
Por mais bem criada que possa ser uma campanha de comunicação de longo prazo, enfatizando e criando as justas percepções sobre o agro regenerativo do país, sustentável, os pingos sujos pingados na água limpa, pelos criminosos, irão turvar essa boa imagem.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite