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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - ApexBrasil inicia coordenação de Plano de Comunicação com 15 entidades do setor privado

Publicado em 15/09/2021

Divulgação
ApexBrasil

“Quem não se comunica se trumbica”, assim dizia Chacrinha, e assim precisamos agir no agro. No mês em que Abelardo Barbosa, o Chacrinha, nasceu em 1917, setembro agora faria 104 anos e deixou essa frase popular simples e objetiva sobre comunicar. 

ApexBrasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ligada ao MRE, Ministério das Relações Exteriores, inicia coordenação da comunicação do agro brasileiro com a Europa. Nesta terça-feira (14) foi lançado uma iniciativa para atuar e melhorar a comunicação e a imagem do Brasil no exterior com foco inicial e ênfase na Europa.

A iniciativa reúne a ApexBrasil, com o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores e inclui 15 entidades associativas do setor privado. Uma agência de comunicação especializada nas relações europeias está sendo contratada em Bruxelas, na Bélgica, o quartel general da comunidade europeia. Inicialmente o maior objetivo da ação comunicacional está em apoiar e viabilizar o tratado Mercosul Europa e apoiar as exportações. Os trabalhos serão iniciados em 2022, e uma verba de partida foi gerada no montante de 10 milhões e 500 mil reais, para 2 anos.

Obviamente este orçamento deve ser considerado como um “seed money”, um primeiro passo, pois certamente para as dimensões e o porte do Brasil no agronegócio internacional, com todas as potencialidades a serem exploradas, precisaremos de uma verba de comunicação muito mais ambiciosa. De qualquer forma vale parabenizar Apex pela ideia, por ter reunido uma visão estratégica, inicialmente ainda mais “business to business”, com stakeholders do comércio e influenciadores políticos, não indo ainda ao consumidor final.

O programa chamado de PamAgro, Programa de Acesso a Mercados no Agronegócio Brasileiro foi apresentado pelo presidente da Apex Brasil, Augusto Pestana, que registrou: “com foco, exatidão e transparência, o programa pretende intensificar e aprimorar o combate contra a desinformação. Entraremos em campo como o que somos de fato: referência no desenvolvimento sustentável nos pilares econômico, social e ambiental”.

E um debate com especialistas ocorreu numa live, no canal Agromais, onde também participamos, ficando evidente a importância de gerenciarmos e dirigirmos a comunicação do país doravante sob administração profissional. Conosco estavam Marcio Rodrigues, gerente de Agronegócio da ApexBrasil, ministro Alexandre Ghisleni, do Departamento de Promoção do Agronegócio no Itamarati, Ibiapaba Neto, diretor executivo da Citrus-Br e Comitê de Relações Internacionais, Instituto Pensar Agro e Emily Rees, senior fellow ECIPE da Bélgica.

Mais 15 entidades aderiram ao projeto aportando 50% dos recursos iniciais propostos. Entidades como Abag, Abia, Abiec, Abiove, ABPA, Abrafrutas, CNA, OCB, Única entre outras. Um bom começo e que seja alvissareiro para um futuro próximo. Temos problemas e erros, mas temos muita coisa positiva que precisa ser evidenciada, mostrada, até para criar uma onda onde o poder criador supere a apatia que permite o caos e a destruição.

Dentre elas enfatizo Plano ABC+, de agricultura de baixo carbono com produtores brasileiros em mais de 50 milhões de hectares hoje, o que foi da mesma forma salientado pelo presidente da Apex Brasil, Augusto Pestana, no seu discurso; Embrapa com ciência e tecnologia tropical para o mundo inteiro, e cooperativismo com 1 milhão de agricultores familiares e 54,5% de tudo o que o país produz.Também participaram do evento o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, o secretário executivo e ministro interino do Mapa, Marcos Montes.

Que a iniciativa ApexBrasil prospere e cresça, afinal quem não se comunica se trumbica. Toca a buzina seu Chacrinha tem muita desinformação, fake news, má informação. Está na hora da comunicação saudável entrar em ação.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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