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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão: Arnaldo Jardim pede Plano Safra super robusto: cerca de R$ 800 bilhões, e justifica!

Publicado em 05/06/2023

Divulgação
Deputado federal Arnaldo Jardim

Entrevistei o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania) sobre os recursos do próximo Plano Safra. Arnaldo Jardim é também vice-presidente da  Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e conecta o PIB do país com o PIB do agro para justificar sua visão:

“Nós estamos agora na semana decisiva para definição do Plano Safra. Isso é muito importante para que a agricultura possa manter o seu dinamismo. Todos nós vimos na semana passada a publicação do PIB. Acabou sendo um crescimento de 1.9 no trimestre. Não fosse o agro esse crescimento teria sido praticamente de zero. E, mais uma vez, o agro mostra que é o setor que tem impulsionado o crescimento econômico. Para o Plano Safra deste ano nós vamos precisar de uma mobilização de recursos para custeio e investimento, ou seja, para plantar e novos equipamentos de cerca de R$ 800 a R$ 850 bilhões. Há um tempo o Plano Safra era praticamente todo responsável pelo financiamento. Depois o mercado foi se diversificando, a agricultura buscou novos caminhos e hoje o Plano Safra responde por apenas 1/3 daquilo que é usado para financiar o setor agro. Está concentrado muito nos pequenos, na agricultura familiar. De qualquer forma ele estabelece referências e isso é muito importante. No ano passado nos consumimos R$ 13 bilhões para poder equalizar juros. Para você ter uma ideia, Tejon, R$ 13 bilhões parece um número grande, mas os gastos com o Bolsa Família chegam à casa de R$ 190 bilhões. Então o agro não pede nem 10% disso para poder continuar com esse dinamismo. Nós queremos que esse ano o Plano Safra possa aumentar. Nós precisaríamos para continuar colhendo safra recorde de pelo menos R$ 22 bilhões. Não é muito, mas é o necessário para nós podermos fazer frente a esse desafio. Continuar a cobrar e ter uma safra recorde. Nos preocupa dois itens mais no Plano Safra: dinheiro para seguro. Nós precisamos ampliar a área coberta pelo seguro rural e, por outro lado, também termos o apoio para comercialização. Você viu, tem comentado, tem nos orientado aqui pela Eldorado que nós tivemos os preços da soja e do milho desabando. Então nós vamos precisar de um reforço na linha de comercialização. Vamos trabalhar forte por isso Tejon”.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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Um destaque interessante foi a performance das mulheres na Olimpíada de Paris, onde os três ouros brasileiros são femininos (4 mulheres:  Beatriz Souza, Rebeca Andrade, e Duda/Ana - vôlei de praia) e 60% de todas as medalhas também mulheres. Nos Estados Unidos 26 das 40 medalhas de ouro também do feminino, 65% mulheres.
O plano foi lançado pelo ministro Fernando Haddad, da Economia, e conta com suporte da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, Carlos Fávaro, do Ministério da Agricultura (MAPA), Paulo Teixeira do Desenvolvimento Agrário e do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Geraldo Alckmin.
Ao lado de Ivan Wedekin, eu, José Luiz Tejon e Suelen Farias ontem (26) na aula magna da FIA Agro, o Prof. Décio Zylberstajn dá sua visão de futuro para o agro brasileiro: “Esse evento olha para ciclos de largo prazo, ou seja, o que se debateu nesse encontro da FIA, do Pensa, são exatamente esses desafios que acabam recaindo sobre o agro global e que tem muitas dimensões na área de educação, de política agrícola, da tecnologia. Então o debate é muito rico nesse sentido e desafiante porque nós tentamos em um mundo que caminha com mudanças tão rápidas identificar possíveis passos fundamentais seja para política pública seja para estratégia das organizações do agro”.
Ontem, em Brasília, a sede da Aprosoja foi apedrejada, invadida e grafitada com fora Bolsonaro, soja não enche o prato de comida, o agro mata. Um monte de besteiras, pois soja não tem nada a ver com fome, ao contrário, preços e carestia não estão conectados com soja, e soja é ovo, leite, indústria, empregos, traz consigo outras lavouras, traz renda em todo interior. Fora isso a violência, um ato criminoso estúpido invadindo e apedrejando.
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