Eldorado/Estadão: Arnaldo Jardim pede Plano Safra super robusto: cerca de R$ 800 bilhões, e justifica!
Publicado em 05/06/2023
DivulgaçãoEntrevistei o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania) sobre os recursos do próximo Plano Safra. Arnaldo Jardim é também vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e conecta o PIB do país com o PIB do agro para justificar sua visão:
“Nós estamos agora na semana decisiva para definição do Plano Safra. Isso é muito importante para que a agricultura possa manter o seu dinamismo. Todos nós vimos na semana passada a publicação do PIB. Acabou sendo um crescimento de 1.9 no trimestre. Não fosse o agro esse crescimento teria sido praticamente de zero. E, mais uma vez, o agro mostra que é o setor que tem impulsionado o crescimento econômico. Para o Plano Safra deste ano nós vamos precisar de uma mobilização de recursos para custeio e investimento, ou seja, para plantar e novos equipamentos de cerca de R$ 800 a R$ 850 bilhões. Há um tempo o Plano Safra era praticamente todo responsável pelo financiamento. Depois o mercado foi se diversificando, a agricultura buscou novos caminhos e hoje o Plano Safra responde por apenas 1/3 daquilo que é usado para financiar o setor agro. Está concentrado muito nos pequenos, na agricultura familiar. De qualquer forma ele estabelece referências e isso é muito importante. No ano passado nos consumimos R$ 13 bilhões para poder equalizar juros. Para você ter uma ideia, Tejon, R$ 13 bilhões parece um número grande, mas os gastos com o Bolsa Família chegam à casa de R$ 190 bilhões. Então o agro não pede nem 10% disso para poder continuar com esse dinamismo. Nós queremos que esse ano o Plano Safra possa aumentar. Nós precisaríamos para continuar colhendo safra recorde de pelo menos R$ 22 bilhões. Não é muito, mas é o necessário para nós podermos fazer frente a esse desafio. Continuar a cobrar e ter uma safra recorde. Nos preocupa dois itens mais no Plano Safra: dinheiro para seguro. Nós precisamos ampliar a área coberta pelo seguro rural e, por outro lado, também termos o apoio para comercialização. Você viu, tem comentado, tem nos orientado aqui pela Eldorado que nós tivemos os preços da soja e do milho desabando. Então nós vamos precisar de um reforço na linha de comercialização. Vamos trabalhar forte por isso Tejon”.
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.