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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Biogás: bom, barato, fácil e sustentável para todos

Publicado em 09/10/2023

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Alessandro Gardemann, presidente do Conselho da Abiogás e da Geo Biogás.

O assunto do agronegócio hoje é a sustentabilidade, o carbono, o metano. Também o combustível do futuro. E quero fazer aqui uma pergunta: “por que uma matéria-prima que está em toda parte, desde um minifúndio até uma grande propriedade agropecuária ou industrial, simplesmente o “lixo” não é imediatamente usada para gerar o biogás, a bioeletricidade, biometano, e biofertilizantes? Apenas 2% desse potencial usamos hoje no país. Algo fácil, barato e sustentável e para todos. 

Vamos ouvir o presidente do Conselho da Abiogás, Associação Brasileira do Biogás e da Geo Biogás, Alessandro Gardemann.

“Imaginem o potencial energético do biogás. Usamos só 2% deste potencial. O biogás é totalmente democrático, viável em todas as escalas, desde o pequeno produtor rural, o resíduo industrial, o resíduo industrial orgânico, o resíduo de cana-de-açúcar é totalmente distribuído perto do consumo, sem necessidade de criar infraestrutura adicional de gás, acelerando a interiorização de gás, gerando gás onde não tem gás hoje, possibilitando, complementando a oferta de gás natural no Brasil inteiro. É exatamente a mesma molécula do gás. Então você pode ter um caminhão que roda a gás natural e biometano 100%. Então abastecer São Paulo a gás e interior do estado abastecer a biometano. É um combustível avançado e de segunda geração, só se usa resíduos, não tem discussão de alimentos versus produção de energia. É um combustível celulósico, totalmente renovável e é uma realidade hoje. Eu acho que esse talvez seja o grande diferencial. Nós já estamos prontos, o potencial já está aí e nós só usamos 2% desse potencial. Para biometano a gente usa menos ainda, menos que 0,5% desse potencial de resíduos que já foram produzidos e não estão tendo aproveitamento energético, que podemos aproveitar, gerar energia e adubo orgânico de alta qualidade. Então nós temos que fazer isso hoje. Muito obrigado, Tejon, como sempre pelo apoio”.

Pois então, como Alessandro Gardemann, da Abiogás e da Geo Biogás nos falou, “Só usamos 2% desse potencial, e no biometano menos de 0,5%. Algo disponível, fácil, barato e sustentável”.

Vamos transformar resíduos, dejetos e lixo em riqueza. Que tal começar com o que já está fácil para fazer? E que temos tecnologia para fazer? Uma energia do futuro aqui do lado de cada um de nós, do lixo.

Em Toledo, oeste do Paraná, uma iniciativa exemplar está em andamento. A união da Cooperativa Agroindustrial Primato, com mais de 9 mil cooperados, com a MWM, indústria mecânica de motores e geradores está criando uma nova unidade de negócios utilizando os dejetos da criação de suínos que, através de biodigestores e geradores a biogás, irá produzir biofertilizantes, bioeletricidade e biometano. Um exemplo significativo a ser acompanhado por todo o país.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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Vamos falar hoje sobre cooperativas. Vocês sabiam qual a cidade brasileira que tem o maior número de cooperativas no país? Exatamente a cidade de São Paulo. Aline Cardoso, que é secretária de Desenvolvimento e Trabalho, declarou: “a cidade de São Paulo hoje conta com mais de 800 cooperativas, sendo o maior número dentre os municípios no Brasil. Esse quantitativo mostra o potencial econômico que o setor apresenta não só para o poder público e privado, mas também para os diversos trabalhadores que encontram no cooperativismo a sua geração de renda”.
The largest event bringing together the entire Agricultural and Veterinary input distribution sector in Brazil, will take place in August. It comes through a critical and strategic moment, as Brazil not only exports agribusiness products to the U.S. but also imports inputs from them, before they even reach the farm gates.  
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