CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Brasil poderá romper parte do elo Japão & USA na carne bovina

Publicado em 26/03/2025

Eu falo do Mato Grosso, de Lucas do Rio Verde, em um evento grandioso acontecendo aqui, Show Safra, onde tem tecnologia, ciência, e os agricultores estão muito otimistas com a produtividade esperada dos grãos, fundamentalmente, a soja e o milho, e o tema pecuária, bovinocultura, carne bovina e a expectativa é positiva.

O pessoal está aguardando que venham notícias boas dessa Comitiva Brasileira lá no Japão para abrir o mercado japonês para a carne bovina brasileira. O Brasil já é o maior fornecedor do Japão de carne de frango e com relação à carne bovina terá de passar por inspeções muito severas porque o Japão tem uma exigência com relação ao alimento, onde lá efetivamente é sinônimo de saúde, portanto as exigências serão grandes.

Mas o Brasil já exporta para também mercados muito exigentes e nesta situação da guerra mundial do comércio, protagonizada por Trump, com certeza nós deveremos ter uma abertura nesse mercado do que significa no total as importações do Japão na casa das 600 mil toneladas de carne bovina. O Brasil tem exportado 4 milhões de toneladas, portanto qualquer percentual do mercado japonês terá um impacto muito positivo com relação à atividade dos pecuaristas e dos frigoríficos brasileiros.

Uma coisa importante é salientar que o Japão tem 124 milhões de habitantes, a quarta maior economia do mundo, O PIB do Japão é praticamente o dobro do PIB brasileiro, então é um mercado sofisticado, muito exigente onde eles gostam muito, inclusive das carnes bovinas dianteiras, enquanto aqui no Brasil gostamos mais das partes de dos cortes da carcaça traseira. Então é uma oportunidade também de produtos que as vezes não são tão queridos aqui no mercado nosso e que para lá tem um desejo muito grande.

Portanto, a expectativa aqui no Mato Grosso é que venham boas notícias inclusive porque está havendo aqui do ponto de vista de modelo de cultivos uma integração cada vez maior da lavoura com a pecuária, chama-se integração lavoura e pecuária e em alguns casos, inclusive, lavoura, pecuária e florestas, o que significa um aporte ambiental e sustentável muito significativo para a imagem do produto brasileiro.

E no Japão, meio ambiente, sustentabilidade, saúde, tudo isso é rigorosamente considerado nos negócios com o Japão. Então é um país de um tamanho pequeno, uma economia extraordinária eu um povo que tem, sim, com o Brasil uma relação fraternal de longa data, haja visto aqui as colônias japonesas que vieram para o Brasil na imigração e o quanto elas realizam aqui também de contribuições para o nosso desenvolvimento tropical.

Então expectativa positiva e se tivermos aí um mercado de mais de 200 mil toneladas dentro das 600 mil significa uma efetiva contribuição para o desenvolvimento aqui no país também de um modelo mais ambiental da integração lavoura, pecuária e floresta. Vamos aguardar e que essa comitiva seja positiva e que o churrasco que está sendo feito lá no Japão encante os japoneses. Eu tenho certeza que sim!

José Luiz Tejon para a Rádio Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion, nos explicou as prioridades desta semana em Brasília. Uma convocando o ministro da Educação a respeito de questões do Enem com enunciados críticos ao agronegócio, e outra sobre o marco temporal na questão da demarcação das terras indígenas.
Ontem (12), em São Paulo, tivemos o evento LIDE Alimentos reunindo autoridades, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o Francisco Mesquita, presidente do Grupo Estado participando a respeito do setor dos alimentos agroindustrializados que estão cercados também de visões errôneas e interpretações equivocadas.
A Federação da Agricultura do Estado de São Paulo está às portas de uma eleição para sua presidência. Conversei com Tirso Meirelles, que é candidato à presidência da Faesp, pedindo a ele que nos mostrasse e fizesse saber os principais pontos para à presidência da entidade.
Líderes do setor sucroenergético pedem ações de marketing para maior sucesso do setor em workshop com Fundação Dom Cabral (FDC). Me reuni com cerca de 30 líderes do setor canavieiro, numa iniciativa da FMC, no workshop da FDC onde o tema central foi comunicação e estratégias de marketing para maior êxito sobre o potencial da cana de açúcar e seus derivados.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite