CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Enquanto USDA prevê safra menor no Brasil, eu quero falar das ostras!

Publicado em 14/01/2022

TCA
Ostras

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) soltou um report com uma previsão de safra de soja no Brasil na casa de 134 milhões de toneladas, menor do que a Conab, que previu 139 milhões, e bem menos das previsões originais antes dos fatores climáticos que eram de 144 milhões de toneladas no boletim de dezembro 2021.

Mas quero falar de um setor do agro, muito pequeno, mas que está dando um show, um exemplo de como se posicionar e se comunicar com os consumidores, usando o fator saúde. Falo das ostras. Sim, ostra também é agro.

Lá de Cananeia, um dos últimos ambientes preservados limpos no Estado de São Paulo, tem gente fazendo das ostras uma atividade sustentável. São ostras frescas 100% isentas de contaminação. O  consumo per capita no Brasil é ínfimo, cerca de meio quilo per capita por ano, por isso tem um potencial para crescer 10 vezes.

A ostra também conhecida como “leite do mar"“ tem se comunicado nos seus nichos de consumidores dando um exemplo que os demais alimentos, principalmente no campo das proteínas animais, deveria imitar. Apresentam a composição química de 100 g de carne de ostra revelando os percentuais de cálcio, fósforo, ferro, vitamina A, b1, b2; niacina, carbono, iodo e proteínas formadas por 18 tipos diferentes de aminoácidos. As ostras fazem bem também para idosos, crianças, doentes e mulheres grávidas.

Bem, e além das virtudes para a saúde humana apresentadas nos restaurantes que servem esse alimento, há uma tradição de o associar a um afrodisíaco, e as pesquisas associam o zinco como uma substância importante na produção do sêmen. Então, por que trago aqui essa curiosidade com as ostras, com certeza o menor dentre todos os itens da proteína animal do agronegócio nacional?

Para servir de exemplo a todas as cadeias produtivas que precisam entender imediatamente que o negócio de alimentos será cada vez mais valorizado como um setor de saúde, em todos os sentidos. Saúde ambiental, do campo, das águas, dos mares, dos seus produtores e dos consumidores. Saúde humana.

Que as ostras, com cerca de meio quilo de consumo percapita por ano, inspirem outras proteínas com 40, 30, 20 kg per capita a promover muito mais os aspectos da saúde humana, no seu preparo e num consumo consciente.

Parabéns ostras, lá da praia da Pipa no Rio Grande do Norte, Santa Catarina , e aqui de Cananeia no Estado de São Paulo. E que vocês multipliquem por 10 o consumo percapita no Brasil nos próximos 10 anos.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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