CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Feliz Natal: onde realistas esperançosos mudam com o agroconsciente o Brasil para melhor.

Publicado em 23/12/2024

Divulgação
Feliz Natal!

Ano difícil 2024 com impactos climáticos, o gigantesco trauma do Rio Grande do Sul. Tivemos secas e grandes incertezas internacionais interferindo nas expectativas das commodities.

Porém, a parte resiliente e saudável do agro brasileiro, que representa a expressão do escritor paraibano Ariano Suassuna: “o otimista é um tolo, o pessimista um chato, sou um realista esperançoso”, estes realistas esperançosos seguiram plantando, criando e teremos uma safra maior para 2024/25.

O setor agroindustrial cresceu em 2024, e estamos enfrentando agora uma elevação do dólar que no agro é positiva para quem exporta, mas que exige cuidados imensos nos custos dos insumos e no caso de produtores e setores agroindustriais que estejam com dívidas em dólar.

Expectativas para 2025 tem nos juros elevados uma preocupação, porém temos ações positivas integrando a bioenergia no campo e a demanda mundial por alimentos e energia onde o Brasil é o único país do mundo hoje que tem condições de crescer e dobrar o agro de tamanho nos próximos 12 anos. A meta de superar US$ 1 trilhão no movimento acumulado das cadeias produtivas do agro, do A do abacate ao Z do zebu, na minha opinião será alcançada até 2037.

No acordo UE Mercosul já ficou evidente que uma coisa é o jogo da política partidária e eleitoreira, a outra é a realidade do comércio, dos negócios, onde os setores empresariais, indústria, comércio e serviços europeus querem muito esse acordo para suprimentos em quantidade, qualidade e custo inigualáveis como do Mercosul e, ao mesmo tempo, vender mais para a América Latina.

Também registro o crescimento do cooperativismo no Brasil, com suas cooperativas que reúnem mais de 1 milhão de agricultores crescendo a dois dígitos.

Então, feliz Natal e que papai Noel traga muita resiliência e também muito mais realistas esperançosos do que tolos otimistas ou tenebrosos e chatos pessimistas.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Para dançar La Bamba, expressão popular, tem que ser bom no que faz, expressão popular também brasileira, de Martinho da Vila “na minha casa todo mundo é bamba...” ou dos Novos Baianos “Batucada de bamba na cadência bonita do samba…”. Mas o ritmo mexicano, vamos lá dançar. Números previstos muito diferentes para a safra de grãos. Será menor do que 2022/23, mas quanto?
João Marchesan também vice-presidente da Agrishow mostrou o balanço da feira encerrada semana passada atingindo número de propostas e de negócios superior a R$ 11 bilhões, superando em mais de 350% o movimento da última Agrishow de 2019, que foi de R$ 3 bilhões.
Eu quero ouvir “Bom dia minha terra”, música linda da Roberta Miranda, que passa a ser o nosso hino agroconsciente. Zé Nêumanne, brilhante jornalista do Estadão, e sempre admirado por Ney Bittencourt de Araújo, criador do agronegócio no Brasil (in memorian), me disse: “essa música é linda, “Bom dia minha terra”, composição da paraibana Roberta Miranda.
Feijão só 13 quilos por habitante/ano. Podemos dobrar de tamanho. O feijão nos anos 70 representava cerca de 21 quilos/habitante/ano. E vem caindo no consumo per capita. Quero perguntar, por quê? O mercado mundial de feijão movimenta em torno de 22 milhões de toneladas. O Brasil consegue vender para o mundo apenas cerca de 220 mil toneladas ano e importamos feijão preto conforme as safras.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite