CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Habemus ministro da Agricultura? Agroconsciente Brasil: a marca essencial da próxima gestão.

Publicado em 21/12/2022

Divulgação
Ministério da Agricultura

Até agora não. Recebi uma mensagem de Brasília: “está maduro, devemos ter notícias nas próximas horas”. Mas está estranho essa demora na Agricultura. Conversando com Roberto Rodrigues, que foi ministro no primeiro governo Lula, me disse que o Ministério da Agricultura foi um dos três primeiros anunciados na época.

Parece que a negociação com o Centrão com Lira está envolvida também na questão. Como ministeriáveis fortes e que tiveram posições contrárias ao governo Bolsonaro e membros da equipe de transição estão Neri Geller, ministro no governo Dilma, e Carlos Favaro, senador, ex-presidente da Aprosoja Mato Grosso, foi vice-governador também.

E surgem nomes ligados à Frente Parlamentar da Agropecuária, como o ex-presidente Sérgio Souza, MDB Paraná que foi substituído na FPA agora por outro paranaense, o deputado Pedro Lupion PP/PR. O próprio Nilson Leitão, presidente do IPA – Instituto Pensar Agro.

No governo Bolsonaro a ministra Teresa Cristina veio também da Frente Parlamentar da Agropecuária. Então, com certeza, esta demora estranha, ligada a um dos núcleos com forte marca bolsonarista, a agropecuária, está na mesa das negociações da transição.

Enquanto isso chuvas fortes em Santa Catarina acionam a solidariedade das cooperativas. Argentina campeã mundial no futebol, mas clima de seca prejudicando plantios e mexendo nos preços da soja em Chicago.

E na China, com seu partido comunista de planejamento central, anuncia que fará uma “política fiscal proativa, uma política monetária prudente. Irá fortalecer a regulamentação da política macroeconômica, com coordenação e cooperação entre todos os seus agentes econômicos”.

E nessa conferência central de trabalho econômico anual, nos últimos dias 15/16 de dezembro acrescentam que “irão expandir a demanda doméstica e priorizar a recuperação do consumo”.

Portanto enquanto não habemus ministro da Agricultura, seguimos rezando para São Pedro nos proteger de crises climáticas e que o maior freguês do Brasil, a China, siga crescendo.

E talvez os produtores rurais estejam hoje querendo mesmo é que o governo não atrapalhe. Mas até sexta teremos o ministro, que seja competente, não ideológico, e que domine o conceito sistêmico de agronegócio para dobrar o agro de tamanho com sustentabilidade criando uma marca brasileira: Agroconsciente Brasil.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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