CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - “Inclusão e sustentabilidade o futuro brasileiro para liderança mundial agroalimentar” afirma ministro Carlos Fávaro

Publicado em 11/09/2024

Divulgação
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, recebe a Carta Magna

Estive com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, que participou do G-20 Agro, no Mato Grosso, e ele me falou qual a mensagem e a expectativa do encontro.

“Quero dizer que com a volta do presidente Lula ao comando do nosso país uma das prioridades dele foi restabelecer as boas relações diplomáticas, as boas relações de amizade do Brasil com o mundo. O Brasil que não tem contencioso com nenhum país do mundo, que tem ótimas relações, mas que vivia meio que virando de costas ou não dando importância para as relações diplomáticas, as relações de amizade. Isso vem gerando ótimas oportunidades. Vejo que nesses 20 meses nós já abrimos 184 novos mercados para a agropecuária brasileira, 53 países que nós não tínhamos relações comerciais com esses produtos abriram nesses 20 meses. Veja exemplo claro como a abertura do mercado de carne bovina e suína para o México, algodão para o Egito, frango é o único país do mundo que vende frango para Israel, fora as ampliações de mercado. Então esse já foi um grande avanço a partir da busca dessas relações e os outros avanços são a liderança que volta já a ser exercida pelo Brasil, uma delas o G-20, a presidência temporária do G-20, além da COP-30 no ano que vem em Belém do Pará. Além da participação efetiva nos Brics, o sul global, o meio tropical, o mundo se organizando, o Brasil também exercendo o papel de liderança e com isso nós temos a oportunidade de discutir o futuro da agropecuária. Esse G-20 que tem o tema escolhido pelo nosso país que é o mundo mais inclusivo e um planeta mais sustentável. Tem tudo a ver com a agropecuária. O mundo mais inclusivo é o mínimo que as pessoas têm no princípio básico que é não ter fome. Eu acho que todas as degradações do ser humano e a pior de todas, a primária, é a fome. O ser humano não se alimentar é inconcebível, ainda mais em um país como o nosso que produz tanto e depois a sustentabilidade. Que país e que mundo nós vamos deixar para as nossas próximas gerações? Então tem tudo a ver com a agropecuária. E por isso, então, esse G-20 e esse Grupo de Trabalho do G-20 na agropecuária está sendo um dos mais concorridos. Fizemos questão de trazê-lo aqui para Mato Grosso, que é o maior produtor de soja, milho, maior rebanho bovino, mas com todos os outros estados participando para que a gente possa então mostrar o rumo da agropecuária mundial e de lá tirarmos não uma carta, mas depois de muitos anos nós tivemos uma manifestação. Sair algo que seja resolutivo, que possa pauta a agenda dos líderes mundiais do G-20, lá no Rio de Janeiro, liderados pelo presidente Lula que mostra o novo rumo da agropecuária mundial, com sustentabilidade, com respeito ao meio ambiente, com inclusão. E o Brasil pode e deve e vai ser o líder mundial, porque temos, no mínimo, 40 milhões hectares de áreas em degradação, que vão ser incluídas no sistema produtivo e não precisaremos ir mais sobre a floresta, sobre o Cerrado, o que nos trouxe até aqui e não apontar o dedo. Foi o modelo que escolhemos nos últimos 50 anos para desenvolver a nossa agropecuária, mas não é esse o modelo que vai nos levar para os próximos 50 anos. Será sobre as pastagens degradadas, com sustentabilidade, com respeito ao meio ambiente que é o maior de todos os ativos.”

Parabéns ministro e vamos fazer acontecer!

Leia a Carta completa do encontro aqui.

 

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Conversei com Fábio Feldmann sobre as leis que protegem a nossa Mata Atlântica e ele me disse: “Tejon, você me perguntou sobre a Mata Atlântica e sobre tentativas de mudar a lei da Mata Atlântica e você me disse que o ouvinte Amauri Moraes estaria preocupado com isso. Em primeiro lugar eu queria dizer que a Mata Atlântica está protegida pela Constituição brasileira e é considerada um patrimônio nacional".
Hoje (19), Dia do Índio, para não esquecer. Pelo último Senso 896.917 indígenas (dados de 2010), 5.972 quilombolas e 7.103 localidades.
Conversando com líderes no estado do Paraná, observei por exemplo a diminuição do preço da saca do milho. Era antes da crise cerca de R$ 30 uma saca de 60 kg. Chegou a R$ 90 e agora baixou para cerca de R$ 75 e ouvi de lideranças como a de José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho da Coamo, a maior cooperativa do país: “agricultor as vezes termina vendendo na baixa, por esperar preços impossíveis e tem prejuízo”.
Teremos diminuição de safras para este ciclo 2023/24. A Conab prevê menos 2,4% comparado com o ano passado. E no Brasil Central já existem agricultores que desistiram da lavoura da soja, e vão plantar milho em janeiro, em função do déficit hídrico, da seca. Conversei com o agricultor José Eduardo de Macedo Soares, eleito o melhor produtor de soja do país sob o ponto de vista da qualidade agronômica com que faz sua lavoura.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite