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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Incertezas climáticas farão produtores rurais aperfeiçoarem os sistemas da agricultura regenerativa

Publicado em 13/12/2023

Divulgação
José Eduardo de Macedo Soares, produtor de soja em Lucas do Rio Verde (MT)

Teremos diminuição de safras para este ciclo 2023/24. A Conab prevê menos 2,4% comparado com o ano passado. E no Brasil Central já existem agricultores que desistiram da lavoura da soja, e vão plantar milho em janeiro, em função do déficit hídrico, da seca.

Conversei especialmente aqui para o Agroconsciente com um agricultor eleito o melhor produtor de soja do país sob o ponto de vista da qualidade agronômica com que faz sua lavoura. O José Eduardo de Macedo Soares é formado em agronomia pela Esalq e conhecido pelo nome de Zecão. Está em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, na sua propriedade, Fazenda Capuaba de 1.800 hectares. Ele me disse “há males que vem para o bem. Muita gente me ligando, me procurando, para saber melhor como eu tenho realizado as práticas conservacionistas, hoje batizadas de regenerativas na minha fazenda”.

Zecão recebeu o prêmio de melhor produtor de soja exatamente por aplicar os fundamentos perfeitos do plantio direto  e, aquilo, ele ressalta: “conhecimentos trazidos ao Brasil, pioneiramente, por uma engenheira agrônoma austríaca, Ana Primavesi, que lecionava na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e que promovia, desde os anos 70, a necessidade de transformar os solos fracos brasileiros num composto que preservava a água e também os ingredientes para fixação de nitrogênio”.

Na fazenda do Zecão, de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, ele me disse que também sente o impacto dos efeitos climáticos, e que terá diminuição de produtividade, porém conseguirá levar sua lavoura de soja a bom termo cruzando o déficit hídrico, seca na região, por realizar cobertura bem feita do solo de ciclo para ciclo de plantio, rotação das culturas, em outras palavras proteger e preparar o solo para o ambiente de uma agricultura em clima tropical.

A falta de água no plantio, no solo, se não houver um plano de retenção hídrica, com plantio direto bem feito, será vital. E também afirma Zecão a temperatura do solo elevada destrói microorganismos impactando a fertilidade da lavoura.

“Há males que vem para o bem”, ouvi desse agricultor exemplar. As dificuldades, crises, e grandes incômodos podem conduzir muitos a um melhor planejamento de suas atividades agropecuárias e aplicando conhecimentos “conservacionistas”. Temas já até antigos e à disposição do moderno agro, e que a maioria precisa adotar de forma veloz.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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