Eldorado/Estadão - "Leite exige comunicação ética das suas virtudes para a saúde", afirma Geraldo Borges no 2º Fórum Nacional da Abraleite
Publicado em 19/04/2024
DivulgaçãoEstou aqui em Brasília no 2º Fórum Nacional do Leite com Geraldo Borges, presidente da Abraleite – Associação Brasileira dos Produtores de Leite – e temos aí no país cerca de 1 milhão e 200 mil produtores de leite em tudo que é cidade, o consumo per capita eu não sei como é que anda, mas em síntese, perguntei ao Geraldo Borges quais as principais ações do setor do leite brasileiro e ele me respondeu:
“Bom saber se as pessoas já tomaram o café com leite da manhã, ou um iogurte, um queijo, ou seja, consumir lácteos faz bem para a saúde. Isso foi comprovado, inclusive, por um consenso publicado no final do ano passado da Sociedade Brasileira de Nutrologia e a Associação Brasileira de Nutrição, que são instituições desvinculadas do agro e que fizeram esse trabalho mostrando para a comunidade, para a sociedade brasileira que esse alimento é saudável e importante para a saúde humana, quebrando, inclusive, tabus e fakenews que se pregam contra o leite”.
Em seguida perguntei a ele sobre o consumo do leite no país e ele me disse:
“Nós temos uma produção que vem melhorando a cada ano. No Brasil hoje, somente nos últimos 20 anos, houve uma mudança muito grande na qualidade do leite, com exigências colocadas inclusive através do próprio Ministério da Agricultura que são atendidas e o leite é um alimento saudável, e que tem a segurança que todo consumidor deve consumir sem nenhum tipo de preocupação. O nosso consumo perbcapita ainda é baixo, ele está estagnado em torno de 10 anos, na casa de 170 litros por pessoa/ano, proporcional, transformando todos os produtos lácteos em litros de leite, enquanto podemos citar na França 340 e na Suíça 360 litros per capita/ano. Então nós estamos na casa mais ou menos da metade do consumo de dois países europeus”.
O questionei se temos muito que progredir no consumo per capita do leite, e o que a Abraleite está fazendo em defesa do produtor de leite brasileiro e ele falou que “nós temos que cada vez mais comunicar melhor. Essa é uma preocupação e um trabalho constante da Abraleite. Temos que encontrar caminhos para chegar aos mais de 200 milhões de brasileiros porque nós temos uma enorme quantidade de fakenews, de pessoas se passando por pessoas da saúde e até pessoas da saúde falando inverdades, pessoas que não têm embasamento científico, ouviram em algum lugar e propagaram e nós tivemos isso no ovo de galinha, e hoje o ovo é utilizado por esportistas, por pessoas adeptas a academia, a saúde humana. O ovo é hoje o alimento mais recomendado pelos nutricionistas. Nós temos de fazer um trabalho como essas duas entidades que eu citei de nutrição humana, foi muito importante quando eles publicaram e isso dá embasamento científico para os seus nutrólogos, nutricionistas, aqueles que são filiados a essas entidades, aqueles que estão no guarda-chuva vão passar a ter uma informação verídica. Nós temos que avaliar com embasamento científico. Então nesse ponto nós temos de trabalhar cada vez mais e difundir e divulgar trabalhos científicos importantes como esse. E também gostaria de lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) também em dezembro de 2023, recentemente, colocou uma recomendação em que bebês podem consumir leite de vaca a partir dos 6 meses de idade, quando a mãe não tiver disponibilidade de leite materno. Antes era a partir dos 12 meses. Quando a própria OMS divulga que agora pode e recomenda que bebês acima de 6 meses podem tomar o leite de vaca, isso é mais uma comprovação de que o leite faz bem para a saúde humana. Nós sabemos que a fase do ser humano mais sensível é justamente na fase bebê e na fase idosa. Então todos nós sabemos o quanto o leite é importante também para o adulto idoso”.
Portanto leite é saudável, leite é saúde.
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.