CABEÇA
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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão: “O Senar é bom dentro da porteira, o Sebrae é bom fora da porteira, tem que unir as casas”, Dr. Mario Biral, superintendente do Senar-SP

Publicado em 15/05/2024

Divulgação
Evento reúne Senar e Sebrae em Campinas

Em evento do Senar, em Campinas, conversei com o Dr. Mario Biral, superintendente do Senar-SP. Perguntei a ele quais são as grandes ações do Senar para o Brasil, para o Estado de São Paulo e o objetivo do evento que reúne Senar com Sebrae.

“O objetivo é, principalmente, capacitar e treinar o produtor rural nas atividades que ele se destina, porque o Senar tem 400 tipos de natureza de cursos. Nessa força que fazemos juntos porque nós queremos que o produtor permaneça na terra. E tem uma maneira dele permanecer na terra, não é vendendo o seu pedaço, mas, sim, ganhando na produção. Para isso ele precisa ser muito eficiente a fim de que ele possa ter uma renda compatível com o seu bem-estar”.

Então o questionei sobre o Estado de São Paulo ter um belo programa na agricultura de maneira geral e se o Senar, por ser ligado a FAESP – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, no evento objetiva uma integração e agregação de valor e ele me respondeu:

“Sim, nós somos bons dentro da porteira. O Sebrae é bom fora da porteira. Então tem de unir as casas e aí propiciar o melhor para o produtor”.

Perguntei então sobre os principais desafios para formar agricultores e suas famílias, tanto pequenos, médios, ou grandes, e ele acrescentou:

“Realmente é saber lidar com o produtor, conhecer o que é agricultor, saber dos seus hábitos, dos seus costumes, como ele vê a tecnologia e aquilo que nós podemos levar a ele a fim de poder auxiliá-lo. Será que nós estamos atendendo o produtor rural naquilo que ele quer? Essa é a nossa missão, porque não adianta ter 400 cursos, mas não vai de encontro aquilo que ele precisa. E o Senar tem a incumbência e a obrigação de saber aquilo que ele realmente precisa”.

Seja um grande sistema de educação, uma extensão educadora, não vamos ao futuro sem isso porque a ciência e a inovação têm muitas facetas. Então concluí a entrevista falando sobre esse grupo humano, que está reunido com essa equipe inteira, nessa capilaridade no Estado de São Paulo, desde regiões muito avançadas de grandes produtores até aquelas menores, e que está criando algo muito rico, inclusive os terroir brasileiros, o turismo agrícola, a gastronomia e perguntei a Biral como é tudo isso e ele finalizou dizendo:

“Existe uma diferença nas características regionais. Nós não podemos comparar uma produção de Ribeirão Preto na área de milho com uma produção na área de Sorocaba, onde predominam em grande parte pequenos produtores. A área média em Ribeirão Preto é 72 hectares por propriedade. Já em Sorocaba é 15 ha. Não podemos levar tecnologia de Ribeirão Preto para Sorocaba. Tem que haver uma adaptação. Então isso é uma coisa importante para os nossos instrutores. Fazer uma abordagem social, econômica e ambiental junto ao produtor a fim de que ele possa realmente garantir o seu bem-estar”.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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