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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Povos indígenas + agricultura familiar + produtores empresariais: a ação agroconsciente da Fundação Bunge.

Publicado em 19/01/2024

Divulgação Bunge
Claudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge

Inteligência, boa vontade e trabalho é o grande sentido que o agronegócio brasileiro, o Agroconsciente precisa. Eu conversei com Claudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge, que atua há 65 anos realizando trabalho evolutivos e esse trabalho que agora registramos na região de Canarana, no Mato Grosso, na terra Xavante, ali em uma área de povos indígenas onde a Claudia me disse que o grande objetivo e o grande aprendizado no trabalho , em um reflorestamento que está sendo realizado é uma integração de um trabalho entre os povos indígenas com a agricultura familiar e a grande agricultura empresarial. A reunião e a integração desses três e a lição desse trabalho, porque ele gera ali as sementes que são coletadas do pequi, do baru, aliás uma castanha deliciosa, e isso gera a possibilidade de um adensamento da floresta, gera riquezas, a venda da própria semente significa renda, ali, para os povos originários, para os pequenos agricultores familiares participando ali de uma polinização com abelhas e isso também que a agricultura grande empresarial se beneficie de todo esse sistema. Então essa ação, essa iniciativa, que é feita, ela é possível de ser olhada, aplicada, em várias outras regiões brasileiras. Significa da conversa que eu tive com a Claudia que quando nós olhamos o agronegócio brasileiro como uma reunião de povos indígenas, com a agricultura familiar e com a agricultura empresarial, temos aí o caminho.

Eu ouvi a Claudia Calais que explica esse trabalho: “É um prazer falar sobre o projeto Semeia, um projeto social desenvolvido pela Fundação Bunge, no município da Canarana, no interior do Mato Grosso. Esse projeto visa trabalhar de forma integrada o grande produtor, o agricultor familiar e povos tradicionais. Vou dar um exemplo de formas integradas de serem trabalhadas por esse três públicos que forma e fazem, de fato, o agronegócio brasileiro. Por exemplo, para ampliar a produção nós temos trabalhado muito com a questão da polinização assistida, trabalhado muito com abelhas. Para o grande produtor o interesse é a polinização assistida para ampliar a produtividade agrícola. A agricultura familiar entra nesse processo oferecendo esse serviço para o grande produtor e também se beneficiando pela venda do mel e os povos tradicionais entram, por exemplo, na parte de reflorestamento, no trabalho que fazemos de reflorestamento. Por exemplo o reflorestamento da terra de Pimentel Barbosa do povo Xavante que estamos fazendo na região, aonde toda semente utilizada pela Fundação Bunge para os projetos de reflorestamento, seja em terra indígena, seja em propriedades de pequenos produtores ou em propriedades de grandes produtores, ela vem do extrativismo, da coleta na floresta, uma coleta de forma ecológica, por povos tradicionais e isso gera renda. No caso específico da Pimentel Barbosa, todo o trabalho de coleta foi feito pelas mulheres indígenas, porque também foi uma delas passarem essa tradição milenar da coleta para as novas gerações. Então elas fizeram essa coleta, isso gerou renda para elas e ao mesmo tempo elas puderam com essa coleta reflorestar uma área que estava degradada dentro da reserva”.

Inteligência, boa vontade e trabalho é o que precisamos ter no nosso Agroconsciente. Povos indígenas e agricultura familiar e agricultura empresarial em um só único sistema. Bom para todos, bom para o Brasil.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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