CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Que agropecuária, indústria, comércio e serviços cresçam juntos. Isso é agronegócio. São Paulo um exemplo.

Publicado em 17/01/2022

TCA
Agro São Paulo

Na semana passada tivemos um encontro com o governador João Doria, de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, e com o governador conversamos também com Francisco Maturro, secretário executivo da Agricultura.

Os números do Estado de São Paulo chamam a atenção de maneira muito positiva. Conforme o governador Doria, o agronegócio representa cerca de 22% do PIB do estado. Mas o dado surpreendente é a estimativa de crescimento do PIB estadual total na casa de 7,5%. Significa nível de crescimento padrão China em 2021, estimado em 8%; muito acima do Brasil com estimativas na casa de 4,5%.

Uma análise importante é constatar no Estado de São Paulo um forte crescimento do PIB como um todo e em paralelo um também ótimo crescimento do agronegócio. O que ao olharmos uma análise histórica do país, de 2011 a 2020, vimos que enquanto a agropecuária crescia 32,5% no período, o PIB do Brasil crescia apenas 2,7%. Quer dizer, a agropecuária sustentou mas a indústria e os serviços desabaram. 

No Estado de São Paulo Francisco Maturro, secretário executivo da Agricultura, informou que tivemos um saldo positivo na balança do agronegócio paulista crescente em 9,1% superior a 2020. Um saldo positivo de mais de US$ 14 bilhões em 2021. As importantes cadeias produtivas do Estado de São Paulo incluem a indústria, o comércio e os serviços de maneira muito forte, o que significa agregação de valor agroindustrial.

O complexo sucroalcooleiro significa 34,4% das exportações do agro paulista, com China, Nigéria e Argélia principais clientes. O complexo soja é o segundo item das exportações, com 13,5% do total, com China, Tailândia e União Europeia como os maiores clientes. 

As carnes em 3º lugar com 13,3%, com China, Estados Unidos e União Europeia, grandes fregueses.

Na 4ª posição os produtos florestais, 8,9% com União Europeia, China e Estados Unidos, os três principais mercados.

Na 5ª colocação no agro paulista das exportações os sucos com 8,4%, com União Europeia, Estados Unidos e China os principais consumidores.

E na 6ª posição no ranking das exportações de São Paulo vem o café, 3,7%, com Estados Unidos, União Europeia e Japão os três maiores clientes. 

Francisco Maturro está liderando um programa ao lado da Secretaria de Agricultura, e do secretário Itamar Borges para incorporar cerca de 1 milhão de hectares no estado com o plantio da soja, nas áreas de renovação de canaviais. Maturro explica que há uma grande tendência para a soja por causa da fixação de nitrogênio no solo.

E também Maturro nos falou da necessidade de crescimento da área do milho em São Paulo, para todo setor da proteína animal e agroindústrias. Que os 7,5% de crescimento do PIB em São Paulo se realizem no fechar das contas e que o agro paulista, com forte vocação agroindustrial, nos inspire na diversificação de produtos e na agroindustrialização com ciência, tecnologia e educação.

Que agropecuária, indústria, comércio e serviços cresçam juntos, afinal isso é agronegócio. São Paulo é um exemplo.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

 

Também pode interessar

Encerramos o VI CNMA, Congresso Nacional das Mulheres do Agro. E também o YAMI - Youth Agribusiness Movement International. A palavra mágica que mudaria o mundo inicia e passa pelo “se”.
Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), traz da Argentina uma notícia preocupante, onde a Câmara de Legumes Argentina registrou que esta safra tem as maiores perdas de 10 anos. Falta de chuvas com várias geadas consecutivas, e adicionam “podemos ter certeza de que a colheita resultará num fracasso completo”.
Estou com Tirso Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (FAESP) e do Senar e ele vai nos contar sobre as principais ações realizadas pela FAESP/Senar em 2024, no fechamento do ano.
O mundo pede mais produção e alimentos saudáveis. 150 milhões de toneladas de soja, vamos lá Brasil, fizemos 136 na safra 2020/21. Milho, 150 milhões de toneladas de grãos, por que não? Faremos cerca de 90 milhões de toneladas nesta safra. Incorporar 10 ou 15 milhões de hectares de áreas boas com pastagem degradada sem cortar uma só árvore.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite