CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - São Paulo será o maior produtor de biogás e biometano do mundo: são 190 mil propriedades rurais com potencial para instalar biodigestores.

Publicado em 06/05/2024

Divulgação
MWM atua em diversos pontos do Brasil permitindo segurança industrial na engenharia dos biodigestores.

As secretarias da agricultura e abastecimento e de meio ambiente, infraestrutura e logística assinaram uma resolução conjunta que normatiza o licenciamento ambiental, a partir da Cetesb, para estimular a geração de energia de biogás/biometano nas propriedades e indústrias agrícolas.

O Estado de São Paulo já é o maior produtor de energia solar do país. Ainda em São Paulo temos a maior produção de cana de açúcar do mundo, sendo o maior produtor de etanol do país, ao lado do incentivo à biomassa, ao biogás e ao biometano, virão usinas verdes de compostagem para a produção de bioinsumos, o que irá colocar o Estado de São Paulo como protagonista global na transição energética.

No setor sucroenergético a geração de energia de biogás e biometano conta com uma estimativa de produção de 30 milhões de metros cúbicos normais, que seria 80% do total desse programa.

Dos resíduos da decomposição da matéria orgânica nasce outra parte dessa riqueza energética limpa e ambiental: vem da pecuária de corte e leite e da suinocultura. São Paulo possui o maior parque abatedor do país com 54 plantas industriais, 494 matadouros, 50 frigoríficos, além de 400 mil propriedades rurais, sendo que 190 mil dessas propriedades rurais têm potencial para instalação de biodigestores.

São Paulo conta também com uma indústria de alta tecnologia na montagem, construção e instalação de biodigestores sob normas rigorosas de engenharia, como a MWM, que já atua em diversos pontos do Brasil permitindo segurança industrial na engenharia dos biodigestores.

Numa era de mudanças climáticas, a transição energética tem papel vital nas estratégias do novo agronegócio brasileiro e mundial, significa uma verdadeira consciência de cidadania e de um sistema total de saúde no alimento, na energia, no social e no ambiental.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, afirmou para o Agroconsciente da Eldorado: “ biogás e biometano podem substituir o diesel e o gás natural veicular GNV, um combustível mais barato e limpo, que ainda emite menos carbono”.

Excelente decisão essa do avanço do chamado “pré sal caipira”, pelo potencial gigantesco de vir a ser um dos maiores do mundo dentro de uma área geográfica com moderno agronegócio e que, sem dúvida, irá estimular iniciativas iguais em diversos outros países do chamado cinturão tropical do planeta terra.

A SAA irá disponibilizar crédito pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP) para a instalação de biodigestores e projetos fotovoltaicos nas empresas agropecuárias.

Veículos elétricos em São Paulo e no Brasil, sem dúvida, farão parte da transição energética, com biocombustíveis, biogás e biometano. São Paulo aderiu as campanhas da ONU de aceleração à neutralidade de carbono em 2050. O grande objetivo é neutralidade de carbono para mitigação da mudança climática do planeta.

E vai aqui nossa solidariedade a todo Sul do Brasil, ressaltando as múltiplas iniciativas de ajuda e doações e uma que acabamos de receber, veio da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas (ABIA) do seu presidente-executivo  João Dornellas, com o PIX Rio Grande do Sul, com um pedido de “fazer os 2 milhões de funcionários desse mega setor ajudar, doando qualquer valor”.

Nossa total solidariedade aos irmãos do Sul!

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

O Rio Grande do Sul significa cerca de 70% da produção de arroz no Brasil. A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) conversou conosco através da sua diretora executiva Andressa Silva. Há uma perspectiva de não haver desabastecimento, porém aspectos da logística e mesmo melhores dados sobre o arroz já colhido em silos que podem estar sob inundações são necessários para uma maior certeza da situação. O preço da saca de 60 kg no campo ontem estava a R$ 107,00. Os próximos dias irão evidenciar como ficarão os preços no mercado interno.
Agro brasileiro venderá mais para o mundo inteiro.Três ótimos motivos explicam e justificam isso: 1 – Segurança alimentar, energética, ambiental (mudança climática) e social estão na pauta obrigatória mundial. 2 – Os Estados Unidos são o maior agribusiness do mundo, e também o nosso maior concorrente, cujo vendedor presidente (hard sell style) Trump está muito distante de conquistar confiança e credibilidade no seu comércio internacional de alimentos, energia e ambiental. 3 – O agro brasileiro é essencialmente meio para o processamento agroindustrial dos nossos países clientes, onde temos ainda baixíssima participação nas gôndolas dos supermercados junto aos consumidores finais, porém representamos uma fonte confiável em volume, escala, e preços de produtos que são transformados, embalados com marcas locais, e obtém grande valor agregado dentro dos países nossos clientes.
Nos últimos três anos o valor do hectare das terras agrícolas multiplicou por três vezes. Para este ano, em função da queda dos preços das commodities, deverá ocorrer uma acomodação nos patamares atuais, inclusive do arrendamento. Anderson Galvão, diretor da Céleres Consultoria, analisa o fator terras agrícolas neste momento.
Estou em um evento do Cosag – Conselho Superior do Agro, na Fiesp, e acompanhei uma apresentação muito positiva do Luís Rua, secretário do Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (MAPA). Estamos em um momento de tarifaço. Portanto, é a bola da vez e perguntei a ele quais as ações que estão sendo tomadas, como estão agindo, e deixando aqui uma lembrança dos adidos brasileiros que precisam ter muito apoio.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite