CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Sociedade civil envia carta ao Presidente da República para indicar Marcello Brito para a função High Level Champion do Brasil na Cop-30

Publicado em 04/11/2024

Divulgação.
Marcello Brito, indicado ao Higth Level Champion Cop-30

Recebi uma carta assinada por diversas entidades da sociedade civil com pessoas físicas e jurídicas solicitando ao Presidente Lula que indique um representante da visão agro consciente brasileira para participar deste biênio fundamental nas decisões dos próximos 20 anos do mundo, levando as já legítimas ações brasileiras agroambientais, com impacto essencial no mundo inteiro a partir da liderança da faixa tropical do planeta.

Na Cop-21 de Paris, com o objetivo de conectar as múltiplas ações de empresários, investidores, iniciativas regionais, ações acadêmicas, sociais, enfim todos os distintos stakeholders conectados ao meio ambiente foi criado um time batizado: “climate Champion” essa carta denominada “Carta High Level Champion Cop-30” recomenda a indicação do agro ambientalista Marcello Brito.

Brito foi CEO da Agropalma, uma exemplar agroindústria na Amazônia com todos os compliance sócios ambientais efetivados, foi presidente da Abag, hoje coordena o Centro Global Agroambiental da Fundação Dom Cabral, e é secretário executivo do Consórcio dos Governadores da Amazônia Legal. O país anfitrião da COP tem a prerrogativa de recomendar à ONU o nome do futuro Champion. A COP-29 será em BAKU capital do Azerbaijão, de 11 de novembro a 22 deste ano.

E a COP-30 vai ocorrer em Belém de 10 a 21 de novembro de 2025. O Brasil tem uma chance única de posicionamento e criação de imagem ética e ascensional dentre todas as nações se perseguirmos uma visão lógica e clara afastada de pigmentos ideológicos que tiram o foco na condução científica e racional da segurança alimentar, energética, da desigualdade social e mudança climática. E levantarmos a bandeira da paz como tão heroicamente Roberto Rodrigues propaga.

Ouvi do Nobel da Paz, Rattan Lal, que se o Brasil liderar essa agenda o mundo nos seguirá. Portanto, carta indicando Marcello Brito recebida e recomendando ao presidente da República o seu nome como High Level Champion do Brasil na Cop-30 faz todo sentido pois é necessário um líder que compreenda perfeitamente o jogo das cadeias produtivas do agribusiness, interprete a visão do prof. dr. Ray Goldberg de Harvard sobre doravante sermos um “health system & food citizenship” como sinônimo e missão para unir o mundo, e além de tudo isso, seja exemplarmente capacitado sobre Amazônia.

Marcello Brito tem esse conhecimento, que o Presidente Lula leia atentamente a carta.

Leia a Carta:

A Sua Excelência o Senhor
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Referência: Indicação do agroambientalista Marcello Brito para a função High Level Champion do Brasil para a COP-30.

Senhor Presidente da República,

O Brasil está prestes a começar um biênio extraordinariamente marcante, sobre o qual muito será escrito pelos historiadores do futuro. Com efeito, a Presidência do G20, no próximo ano, seguida pela nossa capacidade de país anfitrião da COP-30, a realizar-se em Belém do Pará, em 2025, asseguram ao Brasil uma preciosa e inédita plataforma de protagonismo internacional. Aliás, desde que Vossa Excelência se apresentou em Sharm el-Sheikh, na COP-27, ainda como Presidente eleito, simbolicamente reinserindo o Brasil no cenário diplomático global, é crescente a expectativa sobre o legado que, nesse período, haveremos de deixar para o mundo, tanto na dimensão climática, quanto na própria ideia de uma renovada governança global. 

Tamanha oportunidade só tem paralelo histórico no período em que o Brasil, então igualmente saindo de virtual ostracismo internacional, no início da década de 1990, logrou transformar suas vulnerabilidades em força política para liderar a Rio-92 e toda a consequente estrutura das Convenções multilaterais que dali se originaram. O Brasil redemocratizado de então, mostrando ser capaz de resolver suas mazelas macroeconômicas e promover um grande salto transformacional de desenvolvimento com inclusão social, foi a plataforma respeitada para vários anos de protagonismo competente e construtivo, no cenário internacional.

No que respeita aos preparativos para a COP-30, em 2025, importa realçar, em primeiro lugar, que nas próximas semanas, com a realização da COP-28 em Dubai, efetivamente se inaugura o ciclo que, logo adiante, nos levará a Belém. Tendo em vista a relevância emblemática sem precedentes da realização da COP do Clima em plena Amazônia, assinalando 10 anos do Acordo de Paris e mais de três décadas da Rio-92, o olhar e as esperanças do planeta convergem o foco sobre o Brasil, sobre nossos governantes e sobre nossa sociedade. Com a restaurada capacidade negociadora de nosso Governo, que soube granjear o respeito da comunidade das nações, no âmbito da ONU e também na rede universal de relacionamento com todos os países, haveremos de nos preparar da melhor maneira possível para que a COP de Belém seja um novo e definitivo marco civilizacional – as evidências da emergência climática não admitem qualquer subterfúgio no estrito cumprimento dos compromissos assumidos e que são inadiáveis

É com essa noção muito clara das elevadas responsabilidades que recaem sobre o Governo e as demais instituições públicas na preparação para a histórica COP-30 que as lideranças abaixo assinadas, representativas de ampla gama de segmentos e setores econômicos, acadêmicos e sociais, decidiram trazer à atenção de Vossa Excelência alguns elementos de reflexão sobre a conveniência de que o Brasil possa, assim que possível, definir a escolha de uma personalidade que se enquadre no perfil que seria adequado para assumir a eminente posição de Climate Change High-Level Champion do Brasil. Essa função de Champion ou paladino do Clima foi criada na COP-21, em Paris, com o objetivo de melhor conectar as múltiplas ações de empresários e investidores, de entes subnacionais e iniciativas regionais, acadêmicas ou sociais, assim fortalecendo a ação político-diplomática que se desenvolve na dimensão oficial das fases preparatórias e das negociações em si.

A experiência das COPs mais recentes confirma o acerto dessa estratégia, com a escolha, para essa função, de lideranças oriundas do setor empresarial, mas com comprovada experiência em negócios de impacto socioambiental, em plataformas de diálogo multisetorial e em iniciativas ligadas à agenda da sustentabilidade. O aumento da temperatura e, consequentemente, dos eventos climáticos extremos dramatizam a urgência da promoção de soluções baseadas na natureza, da ampliação do engajamento com o setor privado para uma transição justa que seja positiva para as pessoas e para o clima do planeta. Portanto, necessitamos de um perfil de articulação e facilitação não apenas de diálogo, mas também de ações com impacto e desdobramentos concretos.

É à luz dessas experiências bem-sucedidas que, após muita ponderação e consultas a respeito do assunto, submetemos à consideração de Vossa Excelência, como nossa contribuição, a lembrança do nome do agroambientalista Marcello Brito. Ele tem sólida formação acadêmica em ciências da alimentação e do agro, no Brasil e no exterior, teve longa trajetória como executivo de empresa do setor de óleos vegetais com atuação na Amazônia, é empreendedor em parceria com sócios locais na produção de chocolate, na Amazônia, foi cofacilicitador da Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura e Presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio); atualmente, é o Coordenador do Centro Global Agroambiental da Fundação Dom Cabral (FDC) e o Secretário Executivo do Consórcio dos Governadores da Amazônica Legal. Marcello tem trânsito tanto no setor empresarial, quanto no movimento ambiental, reunindo competência e expertise que serão essenciais.

A extensa e variada rede de relacionamentos que Marcello desenvolveu, no Brasil e no exterior, na dimensão empresarial e ambiental, bem como no setor público, lhe confere um trânsito verdadeiramente privilegiado, que decerto assegura um potencial de trabalho de grande envergadura ao longo do período às vésperas de começar. O país anfitrião da COP tem a prerrogativa de recomendar à ONU o nome do futuro Champion e, conforme se espera, o ambiente da COP em Dubai seria a ocasião mais propícia para o Brasil apresentar o nome a ser proposto, com antecedência de dois anos até Belém.

Convencidos das qualificações reunidas por Marcello Britto, permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários.

Respeitosamente,

(assinaturas abaixo)

High Level Champion do Brasil COP-30

Organização

Pessoa Física ou Jurídica

Andre Guimaraes

Ipam

PJ

Andre Nassar

Abiove

PJ

Ricardo Alban

CNI - Confederação Nacional da Industria

PJ

Amaury Oliva

Febraban

PJ

Antonio Batista

FDC Fundação Dom Cabral

PJ

Beto Mesquita

FBDS - Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável

PJ

Beto Mesquita

BV Rio

PJ

Carlo Linkevieius Pereira

Pacto Global

PJ

Cristiano Teixeira

CEO Klabin

PJ

Eduardo Giannetti da Fonseca

Kaduna Consultoria

PJ

Fernando Sampaio

Abiec - Associaçao brasileira dos exportadores de carne

PJ

Francisco Piyãko

Coordenador da Organização dos povos indígenas do rio Juruá

PJ

Gilberto Tomazoni

JBS

PJ

Isaac Sidney

Febraban

PJ

João Mattos Neto

Via Floresta

PJ

João Meireles

Instituto Peabiru

PJ

José Roberto Mendonça de Barros

MB Associados

PJ

José Cesar Martins (Zeca Martins)

Paradoxa

PJ

Josué Gomes da Silva

FIESP - Federação das Indústrias de São Paulo

PJ

Judiney Carvalho de Souza

AMAGGI

PJ

Luis Barbieri

Raiar Orgânicos

PJ

Luiz Carlos Correa Carvalho

Abag - associação Brasileira do Agronegócio

PJ

Luiz Cornacchioni

Assoc Brasileira dos Fabricantes de Tintas

PJ

Marcos Molina

Marfrig

PJ

Marina Grossi

CEBDS - Conselho empresarial Brasileiro para o desenvolvimento sustentável - presidente

PJ

Mauricio Bianco

CI / Conservação Internacional

PJ

Monica Alcântara

Instituto Agrogalaxy

PJ

Paulo Hartung

Iba

PJ

Marcos Jank

Insper Agro - Coordenador

PJ

Raul Jungmann

IBRAM- Instituto Brasileiro de Mineração - Presidente

PJ

Paulo Sousa

Cargill - presidente

PJ

Rodrigo Castro

Solidaridad

PJ

Rodrigo Lima

Sócio diretor Agroicone

PJ

Ronald Kapaz

Playground Lab Design

PJ

Sérgio Rocha

Agrotools

PJ

Valmir Ortega

Belterra

PJ

Victor Almeida

Abrapalma

PJ

Victor Almeida

Belem Bioenergia Brasil - Presidente Conselho Adm

PJ

Walter Schalka

Suzano

PJ

 

 

 

Caio Penido Dalla Vecchia

Empresário

Física

Carlo Linkevieius Pereira

Empresário

Física

Carlos Roxo

 Empresário

Física

Eduardo Assad

Pesquisador em mudanças climáticas e agricultura

 

Física

Eduardo Bastos

Fundo 10b

 

Física

Eugenio Pantoja

Ambientalista

 

Física

Fabio Alperowitch

Investidor

 

Física

Fábio Colletti Barbosa

Empresário

       

        Física

Fabio Feldman

Ambientalista

 

Física

Gabriela Savian

Ambientalista

 

Física

Guilherme Leal

Empresário

 

Física

Hussein Kalout

Cientista político

 

Física

Izabella Teixeira

Ex-Ministra do Meio Ambiente

 

Física

José Carlos Pedreira de Freitas

Consultor

 

Física

Jose Pedro de Oliveira

Pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP

      

       Física

Julio Assis Correa Pinheiro

Conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas e Presidente do Comitê de Sustentabilidade e Meio Ambiente do IRB (Inst Rui Barbosa)

 

Física

Lígia Dutra

Cargill

     

       Física

Luciano Huck

Comunicador

 

Física

Luis Stuhlberger

Verde Asset Management

     

       Física

Lucimar Souza

Ambientalista

 

Física

Luis Fernando Furlan

Empresário / ex-Ministro da Indústria e Comércio

 

Física

Marcelo Aflalo

Núcleo de Madeira

 

Física

Marcelo Furtado

Ambientalista


Física

Maria Cristina Mendonça de Barros

Economista

 

Física

Paulo Moutinho

Cientista climático

 

Física

Pedro de Camargo Neto

Pecuarista

 

Física

Pedro Passos

Empresário

 

Física

Pedro Wongtschowski

Empresário

    

        Física

Pérsio Arida

Empresário

 

Física

Rachel Biderman

Ambientalista

 

Física

Renata Piazzon

Arapyau

 

Física

Roberto Rodrigues

Prof. Emérito da FGV / ex-min. da Agricultura

 

Física

Roberto Waack

Arapyau

 

Física

Sergio Vale

Economista

 

Física

Sylvia Coutinho

UBS

 

Física

Tarsila Ursini

Conselheira

 

Física

Teresa Bracher

Ambientalista

 

Física

Viviane Barreto

Educadora

 

Física

 

 

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

Também pode interessar

Entrevistei em Boa Esperança, sul de Minas Gerais, uma líder produtora rural Agroconsciente, Maria Antonieta Guazelli, da Agropecuária Rex, membro do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) e coordenadora de comunicação da Associação dos Produtores de Leite (Abraleite), que reúne as atividades do leite com o café e mostra a sustentabilidade originada da integração dessas duas atividades.
Um G5 agrícola, com as cinco maiores agriculturas do mundo - China, USA, Índia, Brasil e Europa - se faz necessário e urgente. O Salão de Agricultura de Paris este ano evidenciou como a agricultura e os agricultores estão no meio de uma arena política, mediática, militante, sendo, se permitirem isso, usados por interesses que não lhes farão bem.
Somos potência para dobrar de tamanho em tudo. E principalmente onde já possuímos ativos concretos, conhecimento, inteligência humana, e exemplos honestos e legítimos. Nos últimos 50 anos o que passamos a chamar de “agronegócio”, um sistema envolvendo a agropecuária com a ciência, insumos, mecanização, indústria, agregando valor, comércio e todo setor de serviços passou a representar 27,4% do PIB nacional. Esta conta hoje é “contada” pelo Cepea/Esalq. Portanto, em um PIB total brasileiro de US$ 1.92 tri em 2022, o agronegócio representou US$ 526 bilhões.
From now on, there will be no chance of Agribusiness management without using Artificial Intelligence and Digital Technology. However, why are there a quotation marks in the phrase “For an increasingly analogue world?”
© 2024 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite