CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - “The tropical belt nations for one planet one health”. Brasil + nações do cinturão tropical para saúde planetária global: 3 seminários na França em fevereiro

Publicado em 20/01/2025

Divulgação
“The tropical belt nations for one planet one health”

Realizaremos no campus da academia Audencia, na cidade de Nantes, e também no “Salão de Agricultura de Paris" três seminários com estudantes internacionais, acadêmicos e lideranças tratando da importância vital da faixa tropical do planeta entre os trópicos de Câncer e Capricórnio para o futuro da humanidade.

Essa visão não é nova, eu a ouvia apaixonadamente de líderes brasileiros como Ney Bittencourt de Araújo, foi presidente da Agroceres e dos seus pesquisadores geneticistas, com quem trabalhei por 15 anos. Ouvi também pessoalmente do ex-ministro Cirne Lima que me contou da sua ação para os primeiros passos da Embrapa em 1970. Ouço sempre de Roberto Rodrigues em todas as suas conferências. E da mesma forma ouvi pessoalmente de Alysson Paolinelli um símbolo eterno da transformação do agro brasileiro a seguinte frase: “quem trouxe o mundo até aqui foi a agricultura de clima temperado e quem vai levar daqui para frente será a tropical”.

Com essas três menções quero incluir centenas de outros brasileiros que comungavam e hoje comungam da magnitude estratégica para a segurança alimentar, energética, ambiental, social e da dignidade da vida humana, da necessidade de uma articulação, uma cooperação entre as nações situadas nessa zona do planeta, onde o Brasil criou conhecimentos científicos e tecnológicos gerando nesse “cinturão tropical da terra” o único país que ascendeu à condição de ser a 4ª maior agricultura mundial, o maior produtor em diversas categorias, é o único lugar do planeta que pode dobrar de tamanho nos próximos 12 anos sem tirar uma árvore sequer mas, além disso, numa cooperação com todas essas nações entre os trópicos de Câncer e Capricórnio viabilizar efetivas ações contra a fome, miséria, pobreza, imigrações indignas ilegais, e de verdade agirmos para os 17 ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e trilharmos o conceito atual que toma conta do mundo evoluído: “one planet one health” – um planeta , uma só saúde, pois agronegócio doravante virou sinônimo de “saúde” num princípio amplo da palavra.

Temos exemplos de cooperação da Embrapa, de universidades, de institutos agronômicos, de empresas e de cooperativas, mas precisamos de muito, muito mais.

Esses seminários mostrarão o mapa mundo com suas áreas polar e subpolar, temperada, subtropicais e tropical. E se você der uma olhadinha no seu computador, ou num mapa impresso, já vai ter em mente o que significa essa faixa que chamamos de “cinturão tropical”, pois como a terra é uma “Bolota” ela é mais densa na sua área central. Por isso o nome cinturão tropical.

Os levantamentos revelam: as zonas tropicais concentram a maior área agricultável essencial para alimentar o mundo neste século XXI.

O planeta terra reúne praticamente cerca de 39% da sua área totalmente tropical, enquanto as demais, incluindo as subtropicais, também influenciadas pelos conhecimentos tropicais, significam o restante incluindo aí as áreas polares geladas do planeta.

No cinturão tropical da terra está a maior cobertura florestal do planeta, chave para mitigar as mudanças climáticas. Mais de 36% do mundo.

Países da América Latina e Caribe respondem por mais de 25% das frutas mundiais.

Mais da metade do crescimento populacional global até 2050 dar-se-á em países tropicais, notadamente na África e na Ásia. Os países do cinturão tropical detêm 31% da água doce do planeta.

Agora quando olhamos o planeta terra no seu conjunto das faixas tropicais e subtropicais, excluímos as zonas polares, fica facílimo trazer à memória a voz de Alysson Paolinelli: “quem trouxe o mundo até aqui foram os países de clima temperado, daqui para frente serão os tropicais”.

Simples, super simples, basta parar e olhar o mapa mundo.

Portanto faremos esses três seminários na França no mês de fevereiro e objetivamos elevar o nível do diálogo do futuro sustentável da humanidade, além e fortemente mais consistente do que as polarizações de Brics com USA de Trump, e da geoeconomia Norte versus Sul.

Será: The tropical belt nations for one planet one health.

A cooperação das nações tropicais e subtropicais do planeta para a legítima segurança da vida na terra.

E esperamos realizar no Brasil uma convergência tropical e subtropical mundial para elevarmos o nível realista das conversas ESG, meio ambiente, e segurança da vida na terra em todos os sentidos.

Por enquanto vamos começar com estes seminários no campus acadêmico da Audencia de Nantes e no Salão de Agricultura de Paris.

Au revoir, a bientot. Ceinture tropicale!

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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