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José Luiz Tejon

Eldorado/Estadão - Tirso Meirelles, presidente da FAESP, apresenta o agro brasileiro na Europa em reunião da OCDE: posiciona o país como sustentável e rejeita protecionismos!

Publicado em 21/02/2024

Divulgação
Tirso Meirelles, presidente da Faesp

Falo aqui da França, onde a coisa continua complicada aqui com os agricultores. E entrevistei o Tirso Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo, a FAESP. Ele estava aqui na Europa fazendo uma apresentação para a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, uma apresentação mostrando o agro sustentável brasileiro e se posicionando contra a enxurrada de protecionismos de todos os tipos. Fez uma bela apresentação e perguntei a ele como foi a apresentação e quais foram os principais resultados. Ele me respondeu:

“O convite da OCDE para que nós da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (FAESP) fosse fazer uma apresentação sobre o trabalho da expansão da agricultura e pecuária brasileira na sustentação e na sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Foi muito bem recebido por todos os diretores da OCDE que estavam presentes e, posteriormente, esteve presente a presidente da OCDE na cúpula e foi excepcional compreender bem a importância do trabalho que o Brasil executa na preservação do meio ambiente e, sem dúvida nenhuma, abriu um espaço muito grande para que nós possamos participar do grande fórum que eles fazem de dois em dois anos sobre a área rural onde o Brasil será incluído nesse processo para que possamos trabalhar eficazmente  e mostrar ao mundo a eficácia e a preocupação que o nosso país tem de efetivamente preservar o meio ambiente em um clima tropical. Foi excepcional e mostramos a importância de emprego e renda no contexto como um todo. Sem dúvida nós tivemos lá várias colocações, conversamos e verificamos como os agricultores europeus e de toda a Comunidade Europeia, a OCDE tem hoje praticamente 42 membros que participam, 99% do mercado comum europeu e ali nós verificamos que realmente todo esse movimento dos produtores europeus estão fazendo é por diminuição dos subsídios dos governos, que como eles têm um custo de operação muito alto o governo ajuda com subsídios como também as novas regras que eles precisam ter o básico, pelo menos, na preservação do meio ambiente. E muitos estados ali, e muitos países, não têm essa conservação, sustentação e sustentabilidade no processo como um todo. Então esses são pontos importantes que nós agricultores brasileiros não fomos a favor em hipótese alguma porque esse movimento da Europa, eles estão fazendo protecionismo sem dúvida nenhuma. Como você sabe nós temos praticamente quase US$ 480 bilhões de subsídio no mundo contra a nossa agricultura e isso nos obrigou a ser mais eficaz, mas é muito difícil porque a margem do lucro do brasileiro é muito pequena, mas mesmo assim estamos aí mantendo a alimentação para mais de 1 bilhão de pessoas fora do Brasil, sustentamos o país, preservamos 60% dos produtos produzidos no Brasil e exportamos 40%. Então foi uma discussão extremamente importante. A OCDE que se preocupa muito com a sustentabilidade, a educação, a saúde, já é parâmetro para o mundo inteiro, então essa aproximação foi importante para que nós pudéssemos verificar novas parcerias junto com a OCDE, inclusive para a micro e pequena empresa, eles têm um trabalho muito interessante, como a bioeconomia que também é uma fonte de trabalho e renda muito interessante. Foram dois dias de muito trabalho, mas extremamente positivo”.

Com subsídios na casa de US$ 480 bilhões, é claro que os agricultores da Europa estão lutando por sua manutenção, mas muito importante é obtermos a presença do Brasil nessas reuniões a cada dois anos, com um grande fórum na área do agro. É importantíssimo o diálogo e lideranças que façam esse trabalho de maneira muito clara, mostrando as realidades brasileiras.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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