Eldorado/Estadão - Voz de líder: Sônia Chapman, presidente da Rede ACV, aponta método para governança sustentável do país
Publicado em 29/06/2022
DivulgaçãoTrouxemos na segunda-feira a Ong Akatu e seu presidente Hélio Mattar abordando a necessidade de termos uma convergência única para uma governança ESG do agro brasileiro como um todo, caso contrário as suas partes nunca terão o sucesso desejado.
Fomos ouvir uma líder da gestão da sustentabilidade no país, a Sônia Chapman, presidente da Rede ACV (Avaliação de Ciclo de Vida) dos produtos, do berço ao berço, que nos trouxe que já temos, sim, metodologias para uma gestão, uma governança da governança envolvendo o país como um todo. E isso será de vital importância para um agroconsciente como tratamos aqui no Jornal Eldorado.
“Precisamos fazer uma reflexão pensando em ciclo de vida uma vez que estamos todos conectados no mundo. Então esse olhar de ciclo de vida promove a identificação de melhorias no processo com um todo, mas também evitar de alguma maneira que a gente faça o que chamamos de problem shifting, que simplesmente se transfira o problema do que eu domino mais para um outro elo da cadeia, intencionalmente ou não, ou até se mitigue um determinado impacto mas que crie outro ainda maior nas minhas operações ou na de outro. Então por isso é tão importante pensamos em carbono, água, pensar a transformação, a mudança do uso da terra e energia. É muito importante fazer esse conceito ser aplicado ao país como um todo, porque ele promove a aproximação de atores que não se encontram naturalmente, porque não são de uma mesma associação por exemplo, mas que são fundamentais quando a gente pensa no ciclo como um todo”, disse Sônia Chapman.
Vamos ouvir Sônia Chapman no Podcast abaixo!
Então não se trata de uma novidade. Já existem critérios para a gestão de um agro total no país e não parcial, onde cada qual defendendo a sua parte e termina por gerar uma Torre de Babel.
Aproveito para dizer que na segunda-feira passada foi usada uma expressão capacitista e que não é ok ser usada. “Diálogo de surdos”, para dizer que a tal Torre de Babel, um lugar onde cada um fala uma língua e ninguém se entende, não se trata disso e usamos este espaço para uma desculpa com pessoas com ou sem deficiência auditiva que possam ter se sentido ofendidas com a fala do nosso entrevistado.
E aproveito para divulgar um trabalho genial do amigo Bruno Xavier, deficiente auditivo que dá aulas maravilhosas de astronomia em libras.
Até a próxima!
José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.